Sem previsão de chuva e com o céu limpo de nuvens, a baixa umidade deve se repetir nos próximos dias / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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São Paulo registra uma queda na umidade relativa do ar nesta quarta-feira (18), que oscila em torno dos 35%, mas pode chegar a 23%, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas).
Sem previsão de chuva e com o céu limpo de nuvens, a baixa umidade deve se repetir nos próximos dias na cidade.
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A baixa umidade e alta temperatura são resultados de uma massa de ar quente que afeta todo o Brasil. De acordo com Heráclio Alves, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a expectativa é que, no estado de São Paulo, a região que faz divisa com o Triângulo Mineiro registre uma umidade abaixo dos 20%, enquanto o centro deve ficar na faixa dos 30%.
Segundo Alves, o tempo seco deve permanecer até, pelo menos, domingo (22). A previsão é que a divisa do Triângulo Mineiro registre máximas de 34°C. No litoral, o clima deve ser mais ameno, mesmo assim, os termômetros podem chegar a 32°C.
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Já na Serra da Mantiqueira, a mínima registrada no período é de 10°C, mas a baixa temperatura é prevista apenas nas primeiras horas do dia, e, como o céu deve seguir sem nuvens, a temperatura sobe em poucas horas. No fim da tarde, a expectativa é que a temperatura também caia rapidamente.
Não há previsão de chuvas para os próximos dias, informa Alves, e, se acontecer, deve ser de forma fraca e em regiões isoladas do estado.
Para que se evite problemas de saúde relacionados ao tempo seco, é necessário cuidados que envolvem ingestão de líquidos. Além disso, a atividade física deve ser restrita ao início e ao fim do dia -por isso, a recomendação é não se exercitar entre às 10h e às 17h, período no qual o calor costuma ser ainda mais forte.
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Reportagem do jornal Agora, do Grupo Folha, mostrou que incêndios em vegetação subiram 8,4% em São Paulo -os dados comparam os meses de janeiro e julho do ano passado com os de 2021, um dos fatores que contribuem para os incêndios são a estiagem e o tempo seco, típicos do inverno. A alta nos casos, porém, também está relacionada à crise climática do planeta.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade do ar ideal para a saúde dos seres humanos deve ser entre 50% e 60%. Alves afirma que o tempo seco é uma característica comum do inverno e que costuma ser um problema principalmente na região central do Brasil.
Assim, a expectativa é que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrem os piores níveis de tempo seco. Nesses estados, a umidade pode ficar abaixo dos 12% -a título de comparação, o deserto do Atacama, no Chile, que é considerado um dos mais áridos do mundo, registra 7% de umidade nesta semana.
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No Centro-Oeste do Brasil, os termômetros com temperaturas acima de 40ºC e a baixa umidade acendem um alerta para o grande risco de incêndios florestais. Também é preciso um cuidado ainda maior com a saúde para se evitar doenças pulmonares e dores de cabeça.
Nessa região do país, além da ingestão de muita água, não é indicada a prática de atividades físicas neste período, pois elas podem ser nocivas para a saúde. Também é recomendado que se evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia e o consumo de bebidas diuréticas, como café e álcool. Também é sugerido o uso de hidratante para a pele e umidificação do ambiente.
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