Cotidiano
A produção do segmento está em patamares compatíveis com a oferta de crédito imobiliário no Brasil, que de janeiro a março recuou 4,6%, para R$ 24 bilhões, conforme dados da entidade
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A estabilização do mercado imobiliário brasileiro afasta o risco de bolha para o segmento que busca um novo ponto de equilíbrio em termos de captação de recursos para não depender tanto da poupança como funding para o crédito, segundo Octavio de Lazari Júnior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Hoje, de acordo com o especialista, a produção do segmento está em patamares compatíveis com a oferta de crédito imobiliário no Brasil, que de janeiro a março recuou 4,6%, para R$ 24 bilhões, conforme dados da entidade.
"Com a Selic alta, a saída dos depósitos da poupança no sistema brasileiro de pagamentos (SBPE), de R$ 30 bilhões, é expressiva. No entanto, a letra imobiliária garantida (LIG) vem em um bom momento e ajudará o mercado a subir um degrau em termos de desenvolvimento", disse ele, em evento da Abecip sobre LIGs.
Apesar dos juros maiores encarecerem instrumentos de securitização, Lazari disse que os 'covered bonds' brasileiros, em discussão nos últimos dez anos, devem ter efeito positivo no curto prazo. Acrescentou ainda que a conjuntura econômica é "complicada", mas não se deve esperar um "tempo de bonança" para agir. "O pano de fundo é de crise e oportunidade", avaliou ele.
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A letra imobiliária garantida terá dupla garantia: os imóveis lastreados no título e ainda do próprio banco emissor. O título foi aprovado pela presidente Dilma Rousseff em 19 de janeiro. Em fase de desenvolvimento há mais de três anos no Brasil, a LIG se assemelha aos 'covered bonds' existentes na Europa e são mais um instrumento de captação de recursos para os bancos financiarem o crédito imobiliário.
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