Um dos desfiles mais marcantes foi o de 1844, quando o "Grupo dos Meteoros" foi para a rua vestido de esqueleto. / Foto de Chris J Mitchell/Pexels
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O carnaval santista, que começa nesta sexta, dia 02 de fevereiro, tem mais de 160 anos de tradição e muitas histórias para contar. E é por isso que trazemos aqui cinco curiosidades sobre a data na cidade. Se acomode aí no sofá e boa leitura!
Um carioca entre nós
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O "Bloco da Dorotéia", onde homens vestidos de mulher pulavam no mar, foi uma ideia original vinda de um carioca. O "Gorila", como era conhecido, tinha acabado de chegar do Rio de Janeiro. Ele notou que os santistas pulavam na água fantasiados, mas sem nenhuma organização.
Era uma festa bonita e divertida, mas que carecia de mais profissionalismo. Foi aí que ele fundou o bloco, que teve seu nome baseado em uma peça de teatro (O 21 da Zona), que estava em exibição no Teatro Guarani. Nela um homem via uma bela mulher de costas prestes a entrar na água e griatava: "Dona Dorotéia, vamos furar aquela onda"? Ela, ao olhar para trás, revelava seu rosto masculino.
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Rei Momo
De 1950 a 1991 Santos teve seu principal Rei Momo, que acabou eternizado pela história. Waldemar Esteves da Cunha era um apaixonado pelo carnaval desde o seus 13 anos.
Nascido e criado no bairro Campo Grande, aos 17 já desfilava no "Bloco da Dorotéia" e, em 1950, depois de um concurso realizado por um extinto jornal da cidade, foi nomeado o Rei Momo do carnaval santista.
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Nos carnavais de 2001 e 2002 participou como convidado especial, já que sua saúde não era mais a mesma para manter o ritmo dos preparativos, ensaios e desfiles. Faleceu em 7 de abril de 2013, aos 93 anos, deixando um legado e eternizando a sua coroa.
14 de fevereiro de 1858
O primeiro baile de carnaval em Santos ocorreu em 14 de fevereiro de 1858.
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Na data houve a criação da Sociedade Carnavalesca Santista, que encerrou as comemorações desorganizadas (e até mesmo violentas) que ocorrias nas ruas da cidade até então.
A partir daí o santista "pulava" carnaval de forma mais organizada, usando suas máscaras e demais adereços em uma grande festa popular que era chamada de "Congresso".
Críticas sociais x esqueletos
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Os primeiros desfiles de Santos eram carregados de críticas sociais e políticas. Era normal que assuntos delicados discutidos na Câmara de Vereadores virassem pauta nas ruas durante as festividades. Um dos desfiles mais marcantes foi o de 1844, quando o "Grupo dos Meteoros" foi para a rua vestido de esqueleto, fazendo uma crítica à lotação do cemitério do Paquetá.
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