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O ministro do Interior da Espanha, Jorge Fernandez Diaz, disse que espera que a União Europeia (UE) concorde com o plano para realocar 120 mil imigrantes em todo bloco, mas que a proposta deve ser aprovada em votação pela maioria, e não pela unanimidade.
Tal votação, que se sobrepõe à forte oposição dos governos europeus menores da região central e oriental, seria uma medida drástica. Isso poderia levar a discordância a um novo patamar, a criação de mais confrontos no futuro.
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Falando a repórteres no caminho para uma reunião de emergência com os ministros do Interior sobre a questão, em Bruxelas, Diaz disse que, após horas de reuniões entre autoridades dos Estados membros sênior, "acredito que é possível chegar a um acordo".
"Se não for unânime, poderia ser por maioria qualificada", disse ele referindo-se a maioria simples necessária para aprovar algumas decisões da UE.
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Ele disse que a realocação dos imigrantes aconteceria em duas etapas. Na primeira fase, 66 mil pessoas seriam levadas da Itália e da Grécia e realocadas a outros Estados membros. Na segunda etapa, os imigrantes restantes, cerca de 54 mil, seriam realocados.
Segundo a proposta da Comissão Europeia, 54 mil requerentes de asilo que tinham sido registrados na Hungria teriam sido enviados para outro local dentro da UE. Mas o governo do primeiro-ministro, Viktor Orban, rejeitou o plano, dizendo que iria incentivar mais a imigração e que a cultura da Europa iria ser diluída, permitindo a entrada de mais muçulmanos.
O plano para realocar 120 mil pessoas é uma peça central dos planos da UE para dar resposta ao maior afluxo de imigrantes desde o fim da II Guerra Mundial.
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No entanto, mesmo se aprovada, a proposta só vai partilhar o fardo de uma pequena parcela do número total de requerentes de asilo em 2015, um total que já supera 500 mil, de acordo com dados oficiais.
A agência de refugiados da ONU, a Acnur, apelou à União Europeia para chegar a um acordo nesta semana para realocar 120 mil imigrantes.
"Esta pode ser a última oportunidade para uma resposta europeia coerente", disse a porta-voz da Acnur, Melissa Fleming.
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