O Monumento Nacional RuÃnas Engenho São Jorge dos Erasmos retomou a agenda para visitação de escolas e grupos / Luiz Hib/USP
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O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos retomou a agenda para visitação de escolas e grupos com a finalidade de estudos do meio e atividades didáticas. Nos meses de dezembro de 2024 e janeiro de 2025 recebeu visitas espontâneas, com maior presença de moradores das cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão, além de turistas de vários estados e até de outros países.
As atividades gratuitas ocorrem de terça a sábado, das 9h às 16h.
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O agendamento deve ser feito pelo e-mail: [email protected] para grupos com mais de 10 pessoas.
Escolas de ensino básico, públicas e particulares, além de instituições que oferecem formações técnico-profissionalizantes e ensino superior podem reservar datas para visitas monitoradas ao sítio arqueológico e à exposição permanente Ruínas Quinhentistas em Território Milenar.
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O local conta com educador da USP e uma equipe de bolsistas ligados a diversos cursos de graduação, como História, Biologia, Enfermagem, entre outros, a partir de convênio firmado com a Universidade Católica de Santos (UniSantos). As ações pedagógicas incluem palestras no auditório e visitas guiadas na área expositiva, na biblioteca e no conjunto de ruínas remanescentes que remontam ao século 16.
Inicialmente conhecido como Engenho do Governador, o local se consolidou como um dos primeiros engenhos de açúcar do Brasil, reflexo do início da colonização portuguesa em solo brasileiro. Em 1540, foi vendido ao comerciante flamengo Erasmo Schetz, que ampliou sua produção e distribuição para o mercado europeu. O engenho alcançou seu auge sob a gestão da família Schetz, que ergueu uma capela dedicada a São Jorge, dando origem ao nome que o museu leva até hoje. Com a ascensão de engenhos no Nordeste, ataques piratas e resistência de indígenas, o local entrou em decadência e foi vendido em 1620, funcionando em menor escala até o século 18.
No século 20, o terreno foi adquirido por Otávio Ribeiro de Araújo, que loteou a propriedade e doou as ruínas à USP em 1958, permitindo seu tombamento e preservação. Atualmente, o Engenho dos Erasmos é tombado nos níveis nacional (1963), estadual (1974) e municipal (1990), sendo um centro de referência em história, arqueologia e cultura, promovendo a educação patrimonial através de pesquisas e atividades interdisciplinares desenvolvidas no local.
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Desde sua incorporação à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, em 2004, o Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos consolidou-se como um bem cultural interdisciplinar, promovendo pesquisas arqueológicas, históricas e ambientais. Além disso, destaca-se como um espaço de educação patrimonial e educação socioambiental, oferecendo atividades que buscam ampliar o acesso ao local e promover apropriação, senso de pertencimento e ressignificações diversas do sítio de memória.
*Agência do Governo de SP