Cotidiano

Escolas do Grupo Especial de Santos dão show na avenida

Unidos da Zona Noroeste, Real Mocidade, Amazonense, Sangue Jovem, Vila Mathias e Padre Paulo deram show na avenida e mostraram que a "briga" pelo título será emocionante

Publicado em 03/03/2014 às 14:35

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A estreia das escolas do grupo especial marcou a segunda noite dos Desfiles das Escolas de Samba de Santos.

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Unidos da Zona Noroeste, Real Mocidade, Amazonense, Sangue Jovem, Vila Mathias e Padre Paulo deram show na avenida e mostraram que a "briga" pelo título será emocionante.

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A Corte Carnavalesca deu as boas-vindas ao público às 21h deste domingo (2), ao som das tradicionais marchinhas.

Nesta segunda noite desfilam Unidos da Zona Noroeste, Real Mocidade Santista, Mocidade Amazonense, Sangue Jovem, Vila Mathias e Mocidade Independente de Padre Paulo. Todas disputam o título do grupo especial.

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Na segunda-feira (3), mais seis agremiações apresentam seus enredos, a partir das 22 horas.

A agremiação, que se apresentou com 900 integrantes, 15 alas, 3 carros alegóricos e 120 ritmistas na bateria, exaltou a infância do famoso intérprete da Beija Flor (Foto: Anderson Bianchi/PMS)

Unidos da Zona Noroeste

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Coube a Unidos da Zona Noroeste a honra de abrir o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval santista, na Passarela do Samba Dráusio da Cruz.

Vice-campeã da divisão de Aceso em 2013, a escola escolheu como homenageado o cantor Neguinho da Beija-Flor, que este ano completa 38 anos como intérprete da agremiação azul e branco do município de Nilópolis, no Rio de Janeiro.

O enredo "Com sorriso meu Galo despertou, Academia canta Neguinho da Beija-Flor", fez a Unidos desfilar com descontração e não se assustou com a responsabilidade de ser a primeira escola a entrar na avenida.

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A agremiação, que se apresentou com 900 integrantes, 15 alas, 3 carros alegóricos e 120 ritmistas na bateria comandados pelo Mestre Edson, exaltou a infância do famoso intérprete, que chegou a ser feirante e bombeiro antes de se tornar a voz do Leão de Nova Iguaçú, bloco carnavalesco pelo qual iniciou sua carreira, antes de se transferir para a Beija-Flor, em 1976.

"Foi emoção pura. É uma grande responsabilidade abrimos o desfile, porque todos esperam um Carnaval muito bonito. Mas acredito que a escola deu conta do recado", avaliou Aguinaldo Santana, presidente da agremiação.

O enredo "Na realeza do samba, o rei mandou um castelo eu construir", foi cantado com muita emoção pela Real Mocidade (Foto: Susan Hortas/PMS)

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Real Mocidade

O enredo "Na realeza do samba, o rei mandou um castelo eu construir", foi cantado com muita emoção pela Real Mocidade, a escola do Marapé foi a segunda a desfilar na Passarela do Samba neste domingo.

A composição foi de Fernando Negrão, Gustavo Santos, Ricardo Peres, Adilson Mocidade e Leandro Cipó, este também foi o interprete junto com Célia. Com 11 bailarinos representando os arquitetos da folia, a comissão de frente veio nas cores da escola, azul, verde e branco.

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O casal de mestre-sala e porta bandeira formado por Sorriso e Gabriela esbanjava alegria na avenida. Para a ela este sempre é um momento emocionante. "Nos entendemos só pelo olhar, afinal são 14 anos de parceria, mesmo assim neste momento a emoção toma conta da gente".

Os 1200 componentes vieram em 14 alas e com quatro carros alegóricos. A bateria teve no comando o mestre Gordo a frente de 120 ritmistas. Para o presidente Edson Ferreira, o Edinho, o esforço de todos deu resultado. "Foi uma apresentação grandiosa, não é fácil colocar quatro carros no desfile. Emocionamos o público."

Mocidade Amazonense

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Com fantasias e carros alegóricos luxuosos, a Mocidade Amazonense contagiou o público da passarela do samba Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste, com todo o seu axé.

'Mãe África: a exuberante realeza de uma rica civilização que o mundo não viu' foi o enredo da escola do Guarujá, que mostrou as belezas da cultura e natureza do continente africano.

Os 1.600 componentes cantaram com entusiasmo o samba-enredo, principalmente o refrão: Tambor ôôôô... ecoar no ar... Ijexá / Mão negra batendo com fé / Os búzios revelam axé... axé... axé.

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A bateria com 180 integrantes imprimiu um ritmo forte aliado a coreografias e evoluções, puxados pela alegria e beleza do trio Ariellen Domiciano (musa de bateria), Lezir Ferreira (rainha) e Janaína Paiva (rainha mirim).

A imponência da escola ficou clara desde a comissão de frente, formada por 10 guerreiros tribais, e se tornou evidente ao passar dos quatro carros alegóricos, grandiosos e com diversos movimentos. A escola deixou a sensação que a "quizomba" está na briga pelo título de campeã do Carnaval santista.

Quarta escola a entrar na passarela, a Sangue Jovem desfilou com 1.400 integrantes, 13 alas, 4 carros alegóricos e uma bateria de 110 ritmistas (Foto: Susan Hortas/PMS)

Sangue Jovem

A Sangue Jovem trouxe a imortalidade e a fantasia do imaginário para a passarela. Com o enredo "Os imortais", a agremiação homenageou nomes que entraram para a história do país e deixaram sua marca na Academia Brasileira de Letras.

Nascido em Taubaté, no interior do Estado, o escritor Monteiro Lobato, um dos maiores expoentes da literatura brasileira, foi um dos homenageados, sendo representado com alguns de seus personagens mais representativos, como a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Juntos pela primeira vez na avenida e fantasiados como Visconde de Sabugosa e Emília, respectivamente, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Lincoln e Thamy estavam emocionados. "Achei o máximo as nossas fantasias. As crianças não paravam de acenar e tirar fotos", comentou Lincoln Souza. "Foi uma ideia que deu certo. A fantasia deu uma cara diferente para a nossa apresentação", complementou Thamy Lopes.

Quarta escola a entrar na passarela, a Sangue Jovem desfilou com 1.400 integrantes, 13 alas, 4 carros alegóricos e uma bateria de 110 ritmistas.

Vila Mathias

Homenagear uma das mais famosas avenidas de Santos, esse foi o tema da Vila Mathias. Com o enredo "Dona Anna Costa, a mais santista das avenidas. Aqui tudo tem". A composição é de Fernando Negrão, Gustavo Santos, Rodrigo Correia, Marcio Arcas, Ale Lopes, Poty do Cavaco e Joãozinho. Os interpretes foram Joãozinho e Chitão.

O desfile levou muitas cores para a Passarela do Samba, e contou com 1.200 integrantes divididos em 12 alas e com três carros alegóricos. A comissão de frente teve 10 integrantes e homenageou a cidade de Maricá (RJ), onde nasceu Anna Costa. O pavilhão foi conduzido pelo casal de mestre-sala e porta bandeira Edgar e Jasmim.

A bateria da escola contou 120 ritmistas comandados pelo mestre Edir. "Fiquei muito satisfeito, grande parte dos componentes é formado por crianças da nossa escola, e fizeram uma grande apresentação". A Princesa da Bateria, Priscila Mara, não escondia a emoção. "Já estou na escola a alguns anos, mas este é o primeiro como princesa. Quando pisei na avenida foi uma emoção enorme."

Em contraste com o seu samba-enredo, a Mocidade Independente de Padre Paulo Enredo entrou na passarela do samba Dráusio da Cruz ao nascer do dia (Foto: Anderson Bianchi/PMS)

Mocidade Independente de Padre Paulo

'Lindo é ver o pôr do sol, em comunhão com a natureza'. Em contraste com o seu samba-enredo, a Mocidade Independente de Padre Paulo Enredo entrou na passarela do samba Dráusio da Cruz ao nascer do dia. 'De Santos para o mundo, a Padre Paulo viaja no Rota do Sol' foi o tema da escola.

Os 1.200 componentes foram 'empurrados' pela força dos 150 ritmistas, que despertaram o público que ficou até o final da segunda noite de desfiles.

"Para mim, depois de Deus e da minha família vem a Padre Paulo", assim o integrante da Velha Guarda, Luiz Eduardo Garcia, 60 anos, demonstra o seu amor e entusiamo pela escola.

Nas suas 14 alas e quatro carros alegóricos, a agremiação falou das belezas e atrações de Santos, como o jardim da orla, o Monte Serrat e o Aquário, e de outras cidades do litoral e até do mundo.

Agora, o Carnaval santista aguarda a última noite de desfile nesta segunda-feira (3).

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