Cotidiano

Escola paquistanesa reabre após massacre de estudantes pelo Taleban

Segurando forte as mãos de seus pais elas entraram no local como um símbolo pungente de perseverança apesar dos horrores que enfrentaram

Publicado em 12/01/2015 às 15:24

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Crianças paquistanesas retornaram nesta segunda-feira para a escola onde homens do Taleban mataram 150 de seus colegas e professores no mês passado. Segurando forte as mãos de seus pais elas entraram no local como um símbolo pungente de perseverança apesar dos horrores que enfrentaram.

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Foi a primeira vez que a escola foi reaberta desde o ataque e as medidas de segurança foram reforçadas. O país ainda se recupera da agressão de 16 de dezembro, ocorrida em Peshawar, uma das piores registrada no Paquistão, quando sete homens do Taleban invadiram o local. A ação levantou discussões sobre se as autoridades podem acabar com a insurgência, que mata e mutila milhares de pessoas a cada ano.

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Uma cerimônia foi realizada na escola para marcar a reabertura, mas as aulas só recomeçam na terça-feira. A segurança foi reforçada. Escolas em todo o país elevaram a altura de seus muros, guardas armados agora fazem parte dos funcionários escolares e houve a instalação de detectores de metal, embora muitos questionem por que foi necessário um ataque tão terrível para que houvesse mais atenção à questão da segurança nas escolas.

O governo intensificou as operações militares em áreas tribais, restituiu a pena de morte e permitiu que tribunais militares julguem civis, tudo isso numa tentativa de combater o terrorismo. Mas num ataque realizado nesta segunda-feira, homens armados mataram sete soldados paramilitares na província do Baluquistão, sudoeste do país, lembrando os perigos enfrentados em todo o território paquistanês.

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Em Peshawar, jornalistas e carros foram mantidos a centenas de metros de distância da escola, onde rolos de arame farpado foram instalados em cima dos muros. Dois helicópteros sobrevoavam o local. O chefe do Exército paquistanês, general do Exército Raheel Sharif, estava de mãos dadas com sua mulher para receber e consolar os estudantes.

Algumas mulheres levaram flores e as colocaram ao redor as crianças. Passagens do Alcorão foram lidas e o hino nacional foi cantado enquanto pais, estudantes e professores recebiam folhetos sobre o impacto psicológico do ataque na vida das crianças.

Nas redes sociais, alguns paquistaneses questionavam por que graduadas autoridades do governo não participaram da cerimônia.

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