Voluntários cederam tempo livre para levar atividades e lazer para crianças desabrigadas em Guarujá / Nair Bueno/DL
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A ajuda prometida pelo Governo do Estado aos moradores que perderam suas residências e outros itens devido ao prejuízo causado pelas chuvas durante a primeira semana de março em Santos, Guarujá e São Vicente pode ser uma maneira de recomeçar para alguns deles. Apesar disso, a realidade vivida por muitas famílias ainda é longe do ideal e só ainda possui um pouco de esperança devido à ação de voluntários.
A dona de casa Marcela Aparecida, de 38 anos, morava no bairro Cachoeira e deixou o local às pressas na segunda-feira (2) no primeiro momento em que percebeu que as telhas de sua casa seriam arrancadas pelo vento.
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"Eu peguei meu filho e fui pra casa de alguns parentes. A casa não desmoronou, mas está toda sem telhado e os móveis encharcados. Não vai dar pra salvar nada", explica enquanto amamenta o menino.
Com seu filho Pedro, de apenas 3 anos, no colo, ela quer voltar para sua casa e reconstruir o telhado. Atualmente, porém, isso é quase impossível e tudo que resta para ela e aguardar ajuda enquanto mora na Escola Municipal Prof.ª Dirce Valério.
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A unidade de educação, aliás, estava em um clima totalmente diferente daquele vivido pelas famílias há menos de cinco dias. Grupos de voluntários que apareceram no local faziam a alegria das crianças e distraiam os pequenos com atos circenses, pinturas no rosto, músicas e teatro.
O coordenador de doações Guilherme Cruz, que trabalha na mesma escola de maneira voluntária afirma que o que mais o surpreendeu foi a ação de tantas pessoas que decidiram dedicar seu tempo para dar suporte aos desabrigados.
"É uma solidariedade que me impressiona muito. As pessoas começaram a chegar, diziam que queriam fazer apresentações circenses, pintura e eu permiti. Está sendo maravilhoso", afirma.
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O local ainda deverá receber ao menos mais 100 pessoas desabrigadas nos próximos dias e Guilherme pede que as pessoas que puderem realizar doações mandem também alimentos perecíveis.