23 de Setembro de 2024 • 03:35
“Brasil e África – Consciência e Amor”. Com este tema a Escola Técnica Municipal 1º de Maio apresentou sua programação especial para festejar o Dia Nacional da Consciência Negra na última semana, numa manhã em que as ricas culturas brasileira e africana foram homenageadas, na última terça-feira (18).
A cultura negra foi exposta em diferentes formas. A capoeira – uma mistura entre dança africana e luta surgida no período colonial para que os escravos pudessem se defender da opressão dos colonizadores – abriu a atividade. Em seguida, foi a vez de celebrá-la com a dança. Um grupo de alunos se apresentou ao som da música Waka Waka, da cantora Shakira, canção tema da Copa do Mundo na África do Sul, em 2010.
A estudante Júlia Mendes, que participou da dança, falou da escolha de Waka Waka. “Escolhemos essa música porque faz alusão à África. Através da dança ,eu me sinto valorizada, tenho consciência da importância da minha história”.
“A verdade é que você tem sangue crioulo. Tem cabelo duro. Sarará crioulo”. Os versos da música “Olhos Coloridos”, de Sandra de Sá, interpretados pela talentosa aluna Rafaela Cristine Lisboa, levantaram a platéia. A cultura brasileira, representada pela música, também foi lembrada pelo coral que cantou “Aquarela do Brasil”, clássico de Ary Barroso.
Além da dança, música e capoeira, a atividade também contou com poesia. “O negro tem cor. O negro tem nação. O negro tem vida e não a escravidão”, foi o poema escolhido pelas alunas Luiza Kailani Xavier e Gabrielly Ferreira para dividirem com os colegas um pouco da história de luta dos negros.
Iniciativa da professora Rubia Antonieta, a atividade contou com a participação de toda a Escola. Conforme explica Rubia, o objetivo foi chamar a atenção para a África como continente, fazendo com que os alunos trabalhassem com a cultura de todos os países que o compõe.
O talento de cada aluno foi valorizado, de acordo com as diversas manifestações da cultura afro-brasileira. Assim, como multiplicadores de ideias, os alunos podem passar adiante a importância da cultura negra, despertando de fato a consciência. Isso para que a luta de Zumbi, símbolo da força dos negros, seja lembrada todos os dias.
Além de mediadora no conhecimento dos alunos, a professora Rubia é também exemplo para os alunos em relação à valorização da etnia. “Eu sempre tive a consciência de que sou negra e isso é um fato, não muda. A vida é leve, então basta nos apropriarmos do que somos”.
A diretora da escola municipal, Inca Farias, lembra que atividades que valorizam a cultura africana são desenvolvidas ao longo de todo o ano e que ultrapassam os limites do espaço escolar. “O trabalho acontece na escola e reflete em casa, pois os pais se envolvem e participam também”.
O evento foi prestigiado pelo coordenador de História e Geografia da Secretaria de Educação (Seduc), Romualdo Bellomusto. Ele ressaltou que “a atividade demonstra a importância e a presença do negro na sociedade”.
Já o assessor de Políticas Públicas de Igualdade Étnica e Racial da Prefeitura de Guarujá, Rubens Paulo Ferreira, também marcou presença e comentou que a ação tem um significado especial, “o de promover a luta contra o racismo, pois não há como falar da história do Brasil sem mencionar a importância dos negros”.
O evento desenvolvido na Escola Municipal 1º de Maio integra a programação de Guarujá para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra, junto às escolas municipais. As atividades prosseguem até o fim do mês.
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