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Autoridades italianas informaram hoje (21) que o pior desastre com migrantes no Mediterrâneo, que deixou cerca de 800 mortos, foi provocado por erros do capitão e pela superlotação da embarcação.
De acordo com a Procuradoria da Catânia (Sicília), a embarcação colidiu com um cargueiro de bandeira portuguesa, mas absolveu a tripulação do navio mercante de qualquer responsabilidade na tragédia.
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O órgão considerou que a embarcação virou depois da colisão por causa de erros de manobra do capitão e a movimentos de pânico das centenas de migrantes que ocupavam o antigo barco de cerca de 20 metros de comprimento.
O capitão da embarcação, o tunisino Mohammed Ali Malek, 27 anos, foi detido por suspeita de homicídio. Ele é acusado de ter causado o naufrágio e de apoiar a imigração ilegal. O tripulante sírio Mahmud Bikhit, 25 anos, também foi detido por suspeita de apoio à imigração ilegal.
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Os procuradores disseram que pedirão ainda hoje a um juiz para autorizar a ampliação da detenção dos dois homens, de modo a aprofundar a investigação e possivelmente apresentar uma acusação formal.
Apenas 28 pessoas, incluindo os dois homens detidos, sobreviveram ao desastre de domingo (19). Considerando ser impossível verificar o número exato de mortos, os procuradores disseram ser claro apenas que centenas de pessoas morreram, incluindo crianças. Entre os mortos, muitos estavam presos no convés inferior.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estabeleceu o balanço de 800 mortos, tendo por base testemunhos iniciais dos sobreviventes.
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Um relatório do capitão do cargueiro de bandeira portuguesa, que se deslocou para o local do naufrágio a pedido das autoridades italianas, calculava que cerca de 850 pessoas estavam a bordo da embarcação.