Continua depois da publicidade
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, adotou uma postura combativa ao regressar à Turquia depois de um giro de quatro dias pelo norte da África. Em um breve discurso para cerca de 10 mil simpatizantes que o aguardavam no aeroporto de Istambul na madrugada de sexta-feira (hora local), Erdogan declarou que "esses protestos estão beirando a ilegalidade e precisam parar imediatamente". A seguir, dirigindo-se a seus simpatizantes, Erdogan agradeceu pelo apoio e pediu a eles que voltassem para suas casas pacificamente.
Antes do retorno do primeiro-ministro, cerca de 10 mil simpatizantes do chefe de governo reuniram-se para recebê-lo. Durante a ausência de Erdogan, protestos contra o governo iniciados em Istambul espalharam-se por diversas cidades do país
"Nós estamos com você, Erdogan", entoavam os simpatizantes do primeiro-ministro antes de sua chegada. No caminho para o aeroporto, participantes da manifestação de apoio a Erdogan carregavam faixas com mensagens como "Istambul, não durma, defenda seu líder".
Na Tunísia, antes de embarcar de volta para a Turquia, Erdogan adotou um tom um pouco mais moderado. Em entrevista coletiva, ele reconheceu que alguns turcos se envolveram nos protestos em razão de suas preocupações ambientais, mas deu a entender que seu governo vai manter o projeto de reforma do parque em Istambul, que deu origem às manifestações que já duram quase uma semana.
Continua depois da publicidade
Ele também afirmou que alguns "grupos terroristas" estão envolvidos nas manifestações. "Protestos ilegais não serão permitidos. O magnífico quartel otomano será construído, o que irá unir toda a cidade", declarou Erdogan.
O parque, na região central de Istambul, está ocupado desde a sexta-feira da semana passada por manifestantes que exigem que o projeto de construção no local, que vai implicar na derrubada de árvores, seja interrompido. Este protesto inicial tomou dimensões maiores e se espalhou para várias partes do país, onde os manifestantes também expressam seu descontentamento com o governo.
Continua depois da publicidade