Cotidiano

Erdogan volta à Turquia e diz que protestos "beiram a ilegalidade"

Antes do retorno do primeiro-ministro, cerca de 10 mil simpatizantes do chefe de governo reuniram-se para recebê-lo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 06/06/2013 às 22:20

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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, adotou uma postura combativa ao regressar à Turquia depois de um giro de quatro dias pelo norte da África. Em um breve discurso para cerca de 10 mil simpatizantes que o aguardavam no aeroporto de Istambul na madrugada de sexta-feira (hora local), Erdogan declarou que "esses protestos estão beirando a ilegalidade e precisam parar imediatamente". A seguir, dirigindo-se a seus simpatizantes, Erdogan agradeceu pelo apoio e pediu a eles que voltassem para suas casas pacificamente.

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Antes do retorno do primeiro-ministro, cerca de 10 mil simpatizantes do chefe de governo reuniram-se para recebê-lo. Durante a ausência de Erdogan, protestos contra o governo iniciados em Istambul espalharam-se por diversas cidades do país

"Nós estamos com você, Erdogan", entoavam os simpatizantes do primeiro-ministro antes de sua chegada. No caminho para o aeroporto, participantes da manifestação de apoio a Erdogan carregavam faixas com mensagens como "Istambul, não durma, defenda seu líder".

Na Tunísia, antes de embarcar de volta para a Turquia, Erdogan adotou um tom um pouco mais moderado. Em entrevista coletiva, ele reconheceu que alguns turcos se envolveram nos protestos em razão de suas preocupações ambientais, mas deu a entender que seu governo vai manter o projeto de reforma do parque em Istambul, que deu origem às manifestações que já duram quase uma semana.

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Recep Tayyip Erdogan está de volta à Turquia (Foto: Associated Press)

Ele também afirmou que alguns "grupos terroristas" estão envolvidos nas manifestações. "Protestos ilegais não serão permitidos. O magnífico quartel otomano será construído, o que irá unir toda a cidade", declarou Erdogan.

O parque, na região central de Istambul, está ocupado desde a sexta-feira da semana passada por manifestantes que exigem que o projeto de construção no local, que vai implicar na derrubada de árvores, seja interrompido. Este protesto inicial tomou dimensões maiores e se espalhou para várias partes do país, onde os manifestantes também expressam seu descontentamento com o governo.

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