Cotidiano

Equipes lutam para enviar ajuda após terremoto no Afeganistão matar 363 pessoas

Helicópteros foram necessários para levar ajuda e suprimentos, uma vez que as regiões estão localizadas em locais remotos e estradas foram bloqueadas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/10/2015 às 16:39

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

As equipes de resgate lutavam para chegar nesta terça-feira nas regiões afetadas pelo terremoto que atingiu ontem o Paquistão e o Afeganistão e que já matou 363 pessoas e feriu mais de 2 mil. Helicópteros foram necessários para levar ajuda e suprimentos, uma vez que as regiões estão localizadas em locais remotos e estradas foram bloqueadas.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

De acordo com autoridades afegãs e paquistanesas, 248 pessoas morreram no Paquistão e 74 no Afeganistão, de acordo com Ismail Kawusi, porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão. Mais de 10 mil edifícios foram danificados ou destruídos. O número de mortos deve subir, uma vez que equipes de resgate tem chagado somente agora em comunidades isoladas na região montanhosa.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Sobe para 300 número de mortos em terremoto no Afeganistão e Paquistão

• Zimbábue contabiliza mais 22 elefantes envenenados em parque nacional

• Dinamarca incentiva casais a viajarem no verão para engravidar

O tremor, de magnitude 7.5, teve o epicentro nas profundezas das montanhas Hindu Kush, que faz parte da cordilheira do Himalaia, localizada de uma província pouco povoada de Badakhshan, no Afeganistão, que faz fronteira com o Paquistão, Tajiquistão e China.

O governador de Badakhshan, Shah Waliullah Adeeb, disse que, ao todo, 13 distritos da província tinham sido afetados, com mais de 1.500 casas destruídas ou parcialmente destruídas. Segundo ele, o número de mortos deve subir, uma vez que as equipes de resgate ainda estão chegando em algumas áreas remotas e aldeias.

Continua depois da publicidade

Helicópteros foram necessários para atingir as aldeias mais remotas, que são inacessíveis pelas estradas. Além disso, deslizamentos de terra e queda de rochas bloquearam as poucas estradas existentes. Alimentos e outros itens essenciais estavam prontos para serem enviados, mas "chegar até lá está difícil", disse Adeeb.

Os militares também estava distribuindo alimentos e cobertores para as pessoas de regiões remotas no noroeste e norte, onde foram registrados a maioria dos acidentes e danos.

Badakhshan é uma das regiões mais pobres do Afeganistão e é frequentemente atingida por terremotos, mas os números de vítimas são geralmente baixos porque não possui muitos habitantes. Menos de 1 milhão de pessoas vivem pelas vastas montanhas e vales. A região também sofre com inundações, tempestades de neve e deslizamentos de terra.

Continua depois da publicidade

No Paquistão, o Vale do Swat e áreas ao redor das vilas de Dir, Malakand e Shangla, nas montanhas da província de Khyber Pakhtunkhwa, também foram duramente atingidas pelo terremoto. A cidade paquistanesa mais próxima do epicentro é Chitral, enquanto no lado afegão é o distrito de Jurm de Badakhshan. Mais de 2.500 casas no Paquistão foram danificadas.

Os Estados Unidos ofereceram abrigos de emergência e kits de abastecimento armazenados em armazéns em todo o Afeganistão. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, o governo dos EUA está em contato com autoridades do Afeganistão e do Paquistão e está pronto para prestar qualquer apoio adicional.

O Paquistão disse que não vai emitir apelo à comunidade internacional por ajuda, uma vez que o país tem recursos necessários para realizar o resgate e trabalho de socorro.

Continua depois da publicidade

Além das dificuldades em chegar até as regiões afetadas, há também receios de um aumento contínuo no número de paquistaneses e afegãos que ficaram desabrigados e expostos a temperaturas muito baixas.

"Nós estávamos prevendo um inverno rigoroso", disse Zafar Hashemi, porta-voz do presidente afegão, Ashraf Ghani. Ele disse que as províncias afetadas receberão financiamentos adicionais para responder à crise humanitária crescente.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software