Cotidiano

Equipes funerárias de ebola param greve em Serra Leoa

A corporação de broadcasting de Serra Leoa informou essa semana que corpos de vítimas de ebola foram deixados em casa ou nas ruas de Freetown por causa da greve

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 08/10/2014 às 21:02

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Equipes funerárias em Serra Leoa voltaram ao trabalho após organizarem uma paralisação para receberem pagamentos. A corporação de broadcasting de Serra Leoa informou essa semana que corpos de vítimas de ebola foram deixados em casa ou nas ruas de Freetown por causa da greve. Os corpos são altamente contagiosos.

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A vice-ministra da Saúde, Madina Rahman, afirmou em uma entrevista à uma rádio que a greve havia sido resolvida. Ela disse que o conflito surgiu devido ao atraso de uma semana no pagamento que foi depositado no banco, mas não chegou às equipes funerárias. "O Ministério da Saúde vai investigar o atraso", afirmou Madina. As equipes funerárias contam com 600 trabalhadores, organizados em grupos de doze pessoas.

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Na vizinha, Libéria, profissionais de saúde afirmaram na quarta-feira que planejam entrar em greve se seus pedidos de aumento de salário e equipamentos não forem atendidos até o fim da semana. Eles querem salários mensais de US$ 700,00 e equipamento de proteção pessoal, afirmou George Williams, secretário-geral da Associação Nacional de Trabalhadores de Saúde. "Demos ao governo até o fim de semana para fornecer tudo isso ou vamos parar de trabalhar", alertou.

O salário médio de um trabalhador de saúde é menos de US$ 500,00 até para os profissionais mais qualificados. O ministro de Finanças da Libéria, Amara Konneh, defendeu uma compensação para a categoria, afirmando na última semana que era mais do que Serra Leoa e Guiné fizeram.

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Também nesta quarta-feira, a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na Libéria afirmou que um membro da equipe médica contraiu ebola. É o segundo caso da doença nos integrantes da missão. O primeiro morreu em 25 de setembro. A missão está identificado e isolando outras pessoas que possam ter sido expostas e revendo procedimentos para diminuir o risco de contágio, informou Karin Landgren, representante do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Mais de 3.400 pessoas morreram este ano devido ao surto de Ebola na África Ocidental, que atinge mais fortemente Serra Leoa, Guiné e Libéria.

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