02 de Novembro de 2024 • 00:36
Em Santos, assim como na maioria das cidades da região, a alteração já começa a valer na segunda-feira (4) / Agência Brasil
A vacinação contra a poliomielite vai passar por mudanças a partir da próxima segunda-feira (4). A atualização do padrão do atendimento é em relação às doses de reforço, que não serão mais aplicadas por via oral aos 15 meses e aos 4 anos, popularmente conhecidas como gotinhas.
Estas doses foram substituídas por apenas um reforço injetável, aos 15 meses. As normas foram estabelecidas pelo Ministério da Saúde e as policlínicas de Santos já estão preparadas para segui-las.
Em Santos, assim como na maioria das cidades da região, a alteração já começa a valer na segunda-feira (4).
As crianças entre 15 meses e menores de 5 anos, que já tomaram uma dose de vacina contra a poliomielite da versão “gotinha”, deverão procurar a unidade de saúde para tomar uma dose da vacina injetável e encerrar o esquema vacinal contra a doença. Nos casos de crianças de 4 anos que já tomaram duas doses da vacina oral, poderão ser consideradas imunes e com status vacinal completo contra a poliomielite
Para os bebês de até 1 ano de idade, nada muda: continuam a tomar três doses injetáveis, aos 2, 4 e 6 meses de vida.
A substituição da vacina segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, pois a versão injetável previne os tipos 1, 2 e 3 do poliovírus, enquanto a gotinha era eficaz em relação aos tipos 1 e 3 do poliovírus.
A cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças de até 1 ano de idade está em 82,1%, sendo que o ideal estabelecido pelo Ministério da Saúde é uma cobertura de 95%. O índice abaixo do ideal cria um cenário favorável para o vírus, causador da paralisia infantil, voltar a circular em Santos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classifica o risco da volta da doença no Brasil como “altíssimo”.
“Fazemos novamente um apelo às famílias para que não deixem de vacinar as suas crianças. A poliomielite é uma doença que não tem cura e deixa sequelas. Vivemos em uma cidade portuária, turística e que, com o desenvolvimento de setores como o transporte, facilitou a circulação das pessoas, seja a passeio ou a negócios e trabalho, nas últimas décadas. Não temos casos de poliomielite no Brasil desde 1990 porque houve vacinação em massa altamente eficaz nos anos anteriores e é esta realidade que precisamos manter. O País só continuará livre da paralisia infantil se a cobertura vacinal estiver alta, pois não existe nenhuma outra forma de prevenção desta doença”, destaca o secretário de Saúde de Santos, Denis Valejo.
As vacinas contra a poliomielite e outras doenças estão disponíveis nas policlínicas da Cidade de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, e aos sábados, das 9 às 15h30, em unidades previamente divulgadas nos canais de comunicação oficiais da Prefeitura de Santos.
Neste sábado (2), devido ao feriado de Finados, não haverá vacinação em Santos.
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