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A energia elétrica ficou 1,62% mais cara para o consumidor em abril e já impactou a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O item deu uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para a taxa de 0,67% do IPCA de abril, na margem, atrás apenas da batata-inglesa (0,06 ponto porcentual), remédios (0,06 ponto porcentual) e carnes (0,05 ponto porcentual).
Houve reajustes nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 14,24%, a partir de 8 de abril), Porto Alegre (de 28,86% em uma concessionária em 19 de abril), Fortaleza (de 16,55% em 22 de abril) e Salvador (de 14,69% em 22 de abril). Como resultado, o grupo Habitação passou de uma variação de 0,33% em março para 0,87% em abril.
A taxa de água e esgoto também contribuiu para o aumento das despesas com habitação no mês, quando ficou 0,76% mais cara. No Recife, a taxa de água e esgoto aumentou 5,91%, devido a um reajuste de 8,75% em 20 de março, e, em Curitiba, a alta foi de 5,28%, com reajuste de 6,40% em vigor desde 24 de março.
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Para o IBGE, reajustes de energia elétrica em cinco regiões metropolitanas devem voltar a pesar no bolso dos consumidores em maio e a impactar o IPCA no mês. Isso porque, diz o Instituto, ainda há resíduos de reajustes anteriores a serem absorvidos pela inflação. "Ainda tem uma parte para entrar em maio", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto.
Em Porto Alegre, o reajuste na tarifa foi de 28,86% desde 19 de abril; em Belo Horizonte, o aumento foi de 14,24% em 8 de abril, o que significa que ainda falta absorver um quarto do reajuste; em Fortaleza, reajuste de 16,55% em 22 de abril; em Salvador, alta de 14,69% a partir de 22 de abril; e, no Recife, 17,69% a partir de 29 de abril, que será inteiramente absorvido pelo indicador de maio.
Outros impactos de serviços monitorados previstos para maio são reajustes de taxa de água e esgoto em Belo Horizonte (de 6,18% a partir de 13 de maio) e Goiânia (5,54% a partir de 1º de maio); ônibus urbano em Porto Alegre (5,36% em 7 de abril) e Goiânia (3,60% a partir de 1º de maio); táxi em Porto Alegre (7,3% a partir de 30 de abril) e Belo Horizonte (5,96% a partir de 8 de maio); e telefone fixo para grande parte das operadoras (de 10,68% no valor do minuto a partir de 18 de abril) em todas as áreas pesquisadas, exceto São Paulo, Recife e Fortaleza.
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