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O emprego industrial deve fechar o ano de 2013 em queda, aprofundando a retração de 1,4% registrada no ano passado, disse o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério Cesar de Souza. Para ele, a taxa deve ficar entre -1% e -1,4%.
Os resultados de setembro, divulgados nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas confirmaram o que já era esperado pelos analistas. Nem a sequência de 24 quedas no índice mensal (fechando dois anos em que o indicador do mês ante igual mês do ano anterior é negativo) causou espanto. "Nós lamentamos, mas não tem surpresa nenhuma", disse.
O IBGE divulgou que o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais segundo o IBGE. Na comparação com setembro de 2012, o emprego industrial apontou uma queda de 1,4%. No acumulado de 2013, os postos de trabalho na indústria recuam 0,9%. Em 12 meses, o emprego industrial acumula queda de 1,0%.
O cenário só não é pior, de acordo com Souza, porque alguns setores são alvo de medidas de estímulo e de desonerações do governo, como é o caso de bens de capital e de consumo duráveis, que têm impulsionado a produção. Mesmo assim, ao analisar o emprego nesses setores, alguns apresentam queda, como é o caso de máquinas e equipamentos. "Está evidente que, apesar do esforço do governo, as medidas de estímulo não estão mais fazendo efeito", disse.
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Enquanto analistas têm apontado para um possível desaquecimento no mercado de trabalho nos próximos meses, o economista-chefe do Iedi avaliou que a indústria antecipou essa tendência. Ele ressaltou ainda que a perspectiva de novos rumos para a indústria se concretizará apenas se os reais problemas do setor forem atacados. "O problema da indústria é estrutural." No curto prazo, entretanto, ele afirma que não dá para esperar uma recuperação mais contundente.
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