Cotidiano

Em SP, bloco desafia Haddad e vende abadá a R$ 120

O bloco reúne endinheirados da alta sociedade paulistana e vai sair, a partir das 14 horas do dia 22, do Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera

Publicado em 12/02/2014 às 12:09

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Com seu retorno festejado por artistas e socialites, o bloco Gueri-Gueri, formado nos Jardins em 1986 e fora do carnaval de rua paulistano desde 2003, vai ser o único de São Paulo com espaço vip e camiseta personalizada. Apesar de o prefeito Fernando Haddad (PT) ter proibido por decreto, no dia 6, cordões de isolamento e venda de abadás, o bloco criado pelo empresário Roberto Suplicy e organizado neste ano pela sua filha, a publicitária Fernanda Suplicy, vende a R$ 120 camisetas que dão direito a entrar em um lugar isolado que terá feijoada e chope.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O bloco reúne endinheirados da alta sociedade paulistana e vai sair, a partir das 14 horas do dia 22, do Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Segundo a organização, o evento, apesar de aberto, tem apelo entre o "público classe A paulista". Os ensaios são realizados nos fins de semana na casa de samba Traço de União, em Pinheiros, na zona oeste.

Sobre a criação de um espaço vip, a organização argumenta que "não haverá cordão de isolamento no bloco ou abadá, apenas uma área reservada na concentração, que é para convidados que tiverem a camiseta, o que já é uma tradição da banda desde sempre".

O direito a espaço vip para os foliões é exclusividade do Gueri-Gueri entre os 172 blocos inscritos na Prefeitura para desfilar na cidade. Os organizadores argumentam que a lei do dia 6 foi publicada seis meses após o bloco decidir sua volta. Para justificar a venda das camisetas, o bloco cita ter sido o responsável pelo início do carnaval de rua em São Paulo.

Continua depois da publicidade

Apesar de Haddad ter proibido cordões de isolamento e venda de abadás, o bloco vende a R$ 120 camisetas que dão direito a entrar em um lugar isolado que terá feijoada e chope (Foto: Agência Brasil)

"A Banda Gueri-Gueri, como quem praticamente deu início ao carnaval de rua de São Paulo, em 1986, apoia essa movimentação da Prefeitura para que os blocos aconteçam de forma organizada e democrática", informa a nota da assessoria de imprensa do bloco.

"Como o decreto saiu no dia 6 de fevereiro e a organização já estava trabalhando no evento desde agosto de 2013, o Gueri-Gueri está dentro dos procedimentos de alvará do evento (regras vigentes até então), comunicando todos os órgãos competentes e trabalhando com todas as autorizações formais necessárias para que tudo ocorra dentro da lei", acrescenta a nota.

Continua depois da publicidade

Licença

Mas não é isso o que a Prefeitura diz sobre o bloco, que conseguiu licença como "evento" para ser realizado no Parque do Ibirapuera. Uma comissão formada logo após o decreto do dia 6 vai reavaliar as licenças de eventos obtidas por cordões que vão desfilar no carnaval de rua. Se for verificado que o Gueri-Gueri não cumpre as regras do decreto que proibiu espaço vip e venda de abadás, o bloco poderá ser vetado, segundo a Prefeitura.

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, Fernanda Suplicy, organizadora do bloco, não quis conceder entrevista para comentar a polêmica. Ela é sobrinha do senador Eduardo Suplicy (PT) e uma das herdeiras da família Matarazzo. Outra apoiadora do bloco é a executiva Denise Schirch.

Continua depois da publicidade

A organização espera receber 5 mil foliões no sábado, dia 22.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software