Cotidiano
Se tratando de um câncer com metástase, a aposentada, que também possui problemas cardíacos, foi transferida para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, cinco dias após ficar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém
Regina está internada no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos / Arquivo Pessoal
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O filho de uma aposentada de 66 anos cobra mais agilidade e transparência da equipe médica do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, onde ela está internada desde a segunda quinzena de maio. Em nota, secretaria de saúde do Estado afirma que paciente está recebendo assistência e será submetida a novos exames a partir de hoje (10).
Regina Teresa do Santos Humpel é moradora de Itanhaém e precisou receber atendimento médico no dia 20 de maio. Se tratando de um câncer com metástase, a aposentada, que também possui problemas cardíacos, foi transferida para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, cinco dias após ficar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém.
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"Resumindo, ela primeiramente foi internada com falta de ar na UPA lá de Itanhaém, perto de onde ela mora. Como ela tinha uma consulta com um oncologista lá no [Hospital] Guilherme Álvaro, na semana que ela acabou sendo internada levaram ela lá, para ver se ela fazia a consulta, e acabaram internando ela lá mesmo", explica o gerente geral Guilherme Humpel, filho de Regina.
Ele explica que a mãe foi bem atendida e segue acompanhada pelos profissionais de saúde, mas afirma que foi 'deixado no escuro' quanto ao quadro clínico atual de Regina.
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"O que vem acontecendo é: desassistida ela não está. O X da questão é que eu tô cobrando coisas da equipe médica que são do meu direito, como prontuário médico, porque eu quero saber o que estão receitando de remédio para ela. Eu preciso saber qual é a diretriz de tratamento, porque ela é uma paciente que foi diagnosticada agora com câncer de mama com metástase no pulmão e no fígado, eu não sei qual é o tratamento".
Não bastassem as complicações já preocupantes que se geram devido ao câncer, Regina também já convivia anteriormente com problemas de coração.
"Além do que, ela é uma paciente com problema coronariano, cardíaco, ela é paciente daqui do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) porque tem insuficiência cardíaca. Hoje (7) estou em São Paulo e quem está no meu lugar lá, hoje, é meu irmão, mas ela não tá sendo acompanhada por oncologistas junto com cardiologistas porque tudo que é feito de um lado, tem que ter parecer do outro", relata.
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Guilherme diz que a mãe também deveria ter sido submetida a um exame de ecocardiograma durante a primeira semana de junho, mas isto não ocorreu. A preocupação aumentou nesta segunda semana quando a equipe médica informou aos filhos de Regina que ela havia contraído uma outra complicação durante o período de internação.
"Hoje, segundo meu irmão me falou, o médico passou e deu parecer que ela está com pneumonia hospitalar. Então o quadro dela vem agravando e eu acho, no meu ponto de vista, sem ser médico, que as coisas vão muito vagarosas, muito devagar se você considerar o quadro que tem um câncer de metástase e se trata de uma paciente com problema cardíaco. Independente de ser SUS ou não, eu acho que está tudo indo muito devagar. A cada dia que se passa é um dia a mais que poderia se fazer alguma coisa", finaliza.
O Diário do Litoral entrou em contato com o Estado para repassar os questionamentos de Guilherme. Em nota, a instituição afirma que Regina Humpel está recebendo toda a assistência necessária por equipes especializadas de oncologia e cardiologia no Hospital Guilherme Álvaro. Além disso, a instituição afirma que o exame de ecocardiograma está agendado para esta quinta-feira (10).
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"Isto, inclusive, já foi comunicado à família e à própria paciente, que têm recebido todas as orientações e esclarecimentos necessários. A paciente está estável e recebendo o tratamento adequado ao seu caso, faz sessões de quimioterapia semanais e realizou procedimento de pulsação torácica com dreno para melhora do quadro clínico. Não há registros de solicitação de acesso ao prontuário por parte da família, contudo as equipes médicas seguem à disposição para eventuais dúvidas", conclui a nota.
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