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Três mulheres curdas foram executadas no Centro de Informações pró-Curdistão de Paris, uma delas fundadora do grupo militante de luta contra as tropas turcas desde 1984, informou hoje o ministro francês do Interior, Manuel Vall. As notícias levaram curdos furiosos ao local. Ainda não está claro quem matou as mulheres, que pertenciam no Partido dos Trabalhadores do Curdistão, (PKK, na sigla em inglês), um grupo que a Turquia e os aliados do Ocidente, incluindo os EUA e a União Europeia, considera como organização terrorista.
Os assassinatos ocorreram no momento em que a Turquia está mantendo negociações de paz com o grupo para tentar persuadir o desarmamento. Uma autoridade turca disse que as mulheres foram assassinadas em uma disputa entre facções do PKK, enquanto alguns dos manifestantes curdos e uma autoridades curda na Turquia acusaram o governo turco de estar envolvido nas mortes.
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A agência de notícias Anadolu identificou uma das vitimas como Sakine Cansiz, uma das fundadoras do PKK.
O conflito entre o PKK e as tropas turcas já custou a vida de centenas de pessoas desde 1984, quanto os rebeldes, que estão em busca de regras próprias para os curdos no sudoeste da Turquia, pegaram em armas.
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O ministro francês do interior, que visitou o centro pró-curdos em Paris onde os corpos foram encontrados, disse que as mortes foram "sem dúvida nenhuma uma execução". Manuel Vall chamou o ocorrido de "ato totalmente intolerável."
A rádio RTL relatou que as três mulheres foram atingidas na cabeça, mas a polícia francesa não confirmou essa informação.
Centenas de curdos tomaram a rua de Paris do lado de fora do Centro de Informações pró-Curdistão. A polícia fez barricadas para tentar conter a população. Algumas pessoas carregavam bandeiras curdas enquanto outras gritavam palavras de ordem contra o governo turco.
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Um endereço na internet para curdos jovens convocou todos os curdos e "amigos dos curdos a irem aParis." Na página na internet foram postadas fotos das mulheres executadas. A página identificou duas delas como sendo Fidan Dogan, chefe do centro de Informações, e Leyla Soylemez. Os curdos representam mais de 20% da polução de 75 milhões da Turquia.
O PKK não tem histórico de execuções internas e muitos ativistas e militantes curdos foram vítimas de mortes extrajudiciais de responsabilidade das forças do governo turco nos anos 1990.
Frequentemente a Turquia acusa a França e a Alemanha - onde reside um grande número de curdos vindos da Turquia - de apoiarem o PKK, falhar na extradição de militantes procurados e de não apoiar a Turquia no "combate contra o terrorismo". As informações são da Associated Press.
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