Cotidiano

Em encontro sobre conflito sírio, Kerry condena ataques em Paris

A proliferação de práticas terroristas no território sírio se tornou o ponto focal do encontro

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/11/2015 às 16:11

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Em cúpula sobre o conflito sírio em Viena, na Áustria, o secretário de Estado norte-americano John Kerry condenou ataques em fala no início do encontro, que conta com a participação de altos representantes de países como Irã e Arábia Saudita, que têm visões distintas das do Ocidente sobre como endereçar a questão do conflito sírio, que já dura mais de quatro anos.

"Esse tipo de ataque é o ato mais vil, horrendo, ultrajante e inaceitável do mundo", disse Kerry, na companhia de outros ministros de Estado em um hotel em na capital austríaca. "Uma coisa que podemos dizer para essas pessoas é que o que eles fazem é fortalecer nossa determinação de lutar, de responsabilizar as pessoas e de defender o Estado de Direito".

"E, se eles fizeram alguma coisa, foi encorajar-nos a trabalhar ainda mais para que tenhamos progresso e possamos resolver as crises que estamos enfrentando", afirmou o representante norte-americano.

A proliferação de práticas terroristas no território sírio se tornou o ponto focal do encontro, com participantes ligando o atentado aos problemas no Oriente Médio e às oportunidades que surgem para grupos terroristas com o vácuo de poder.

Algumas das principais divergências entre os países participantes são sobre a transição do regime de Bashar al-Assad e se ele deve ter algum papel de destaque ao longo da mudança, além da classificação dos grupos que lutam ao lado do ditador como terroristas ou não.

John Kerry condenou os ataques em Paris (Foto: Associated Press)

Todas essas questões passaram para segundo plano com os acontecimentos desta sexta-feira (13), em que ataques coordenados mataram mais de 120 pessoas em Paris, na França.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, também condenou os ataques no início do encontro, afirmando que não "há justificativa para atos terroristas, nem para não fazermos muito mais para derrotar o Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra e similares".

Antes do encontro, o chanceler da França, Laurent Fabius, afirmou que o ataque em Paris tornou ainda mais necessário que a comunidade internacional encontre um denominador comum para abordar a questão síria.

Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Jordânia e Arábia Saudita endossaram as declarações de Fabius.

O chanceler jordaniano, Nasser Judeh, afirmou que os ataques a Paris "reafirmam nosso compromisso coletivo" de lutar contra o terror e o extremismo em qualquer parte do mundo.

Mais de 250 mil pessoas morreram em razão do conflito na Síria e 11 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas. O conflito fez com que militantes do Estado Islâmico (EI) conseguissem conquistar partes significativas dos territórios sírio e iraquiano para seu califado.

A Europa e os países vizinhos, enquanto isso, tentam lidar com a maior crise de migração desde a Segunda Guerra Mundial.

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