Todos os dias da semana, duas vezes ao dia, uma psicóloga passa em cada leito levando as mensagens passadas pela família / Renato Inácio/PMB
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O coronavírus mudou a rotina das unidades de saúde. Entre as mudanças, a proibição das visitas aos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pensando em uma solução para manter os pacientes próximos dos familiares, o Hospital Municipal de Bertioga, juntamente com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), adotou um novo projeto como forma de tratamento.
Intitulado como 'Borboleta Azul', a proposta está relacionada à transformação, esperança e recomeços. Em Bertioga, equipes da saúde pedem à família dos pacientes que envie mensagens de áudio com boas notícias, orações e até mesmo resumos sobre as partidas dos times de futebol.
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Todos os dias da semana, duas vezes ao dia, uma psicóloga passa em cada leito levando as mensagens passadas pela família. De acordo com a Secretaria de Saúde, a recepção e o processamento de sons do ambiente dependem da medicação usada na sedação, do dano cerebral e do tempo que a pessoa está na UTI.
Estudos científicos apontam que pacientes em coma induzido, devido à intubação, ao ouvirem gravações de familiares, apresentam recuperação mais rápida. Mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.
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"A presença de uma pessoa querida durante o tratamento médico é um estímulo positivo para a recuperação do paciente e a novidade tem como objetivo estimular a melhora física e neurológica das pessoas com Covid-19", afirmou a secretária de Saúde de Bertioga, Janice Santos.
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