Continua depois da publicidade
"Ele é lindo." Essa foi a única frase que Giovanni Storto, pai de Gustavo Souza Storto, de cinco anos, morto após cair do 26° andar de uma prédio na Grande São Paulo, conseguiu pronunciar ao sair do Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra, onde foi reconhecer e liberar o corpo do filho na manhã desta quinta-feira, 17.
Giovanni não estava com o filho no momento do incidente. Ele se separou há poucos meses da mãe de Gustavo, a farmacêutica Juliana Souza Storto, de 33 anos, que era quem morava no apartamento 266 do Condomínio Pitangueiras I, em Taboão, junto com a criança.
Continua depois da publicidade
Familiares de Giovanni, que também foram ao IML, descrevem a ex-mulher dele como uma pessoa bem educada e simpática. Visivelmente abalado, o pai de Gustavo ficou cerca de quatro horas no local, onde reconheceu o corpo e depois seguiu para Itapecerica da Serra, também na Grande São Paulo, para o velório do menino. Ele também foi ouvido por um investigador do 1° Distrito Policial de Taboão.
Ao sair, acompanhado pelo policial, foi cercado por jornalistas, o que provocou a reação dos familiares presentes. "Respeitem a tristeza dele, isso é falta de respeito", diziam.
Continua depois da publicidade
Segundo a Polícia Civil, Gustavo caiu de uma janela do banheiro por volta da meia-noite. O corpo foi encontrado no estacionamento do edifício.
Aos policiais, Juliana alega que a criança estava sozinha no momento em que caiu. Ela relatou que havia deixado o filho dormindo para buscar o namorado, o empresário Márcio de Souza Ferreira, de 27 anos, próximo à Estação Morumbi, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na zona sul da capital paulista.
Ao retornarem, o casal teria deixado o carro no primeiro subsolo e subido pelo elevador até o apartamento. Lá, a farmacêutica teria encontrado todas as luzes acesas.
Continua depois da publicidade
Ao se dirigir para o quarto do filho, passou pelo banheiro e percebeu que havia duas cadeiras, uma maior e outra infantil, em cima da primeira, perto da janela.
Em depoimento, Juliana afirmou que retirou a cadeira infantil, olhou para o estacionamento e viu uma intensa movimentação de pessoas, além de sirenes. Presumiu, então, que Gustavo havia caído. A versão contada pela mãe foi confirmada na delegacia pelo namorado dela.
Para tentar provar que não estava no local na hora da tragédia, Juliana e Márcio Ferreira mostraram aos policiais uma conversa de WhatsApp, em que combinam o ponto onde a farmacêutica buscaria o namorado para depois voltarem ao apartamento.
Continua depois da publicidade
Os celulares foram apreendidos para investigação. Os policiais também vão analisar imagens do sistema de monitoramento do prédio para confirmar se a versão apresentada pelas testemunhas são verdadeiras.
Continua depois da publicidade