Egito e Etiópia aceitam dialogar sobre barragem no Nilo Azul

Os ministros de Relações Exteriores do Egito e da Etiópia afirmaram que os dois países estão dispostos a dialogar sobre o conflito referente à barragem que começou a ser construída pelo governo etíope no Rio Nilo Azul.

Em uma declaração conjunta, as autoridades disseram que "concordam em realizar consultas em nível técnico e político" e que esse encontro será caracterizadas por "uma compreensão mútua". O Sudão também participará das negociações.

No domingo, o ministro de Relações Exteriores egípcio Mohamed Amr chegou à Etiópia para conversações com seu homólogo etíope, Tedros Adhanom. As autoridades se reuniram quatro vezes na segunda-feira. Os encontros foram classificados pelos ministros como "intensos" e compostos por "discussões animadas".

Enquanto a Etiópia precisa elevar a capacidade elétrica para impedir que os cortes de energia afetem o crescimento da economia do país, o Egito teme que a barragem no Nilo Azul diminua a sua quota nas águas do Rio Nilo.

Os líderes etíopes afirmam que a barragem não deixará de operar até que as consultas ocorram. Eles dizem que os resultados do painel de peritos, que inclui quatro especialistas internacionais, mostram que a barragem não afetará significativamente o fluxo de água tanto no Egito quanto no Sudão.