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Seis meses depois de Edward Snowden divulgar as investigações da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), ELE afirmou nesta terça-feira que considera sua "missão cumprida". Em entrevista ao jornal Washington Post, dos Estados Unidos, Snowden disse estar convencido de que ele ajudou a desencadear um debate público sobre os limites de vigilância dos Estados Unidos.
"Para mim, em termos de satisfação pessoal, a missão já está cumprida. Eu já ganhei", afirmou.
"Assim que os jornalistas puderam começar a trabalhar, tudo o que havia tentado fazer foi validado. Porque, lembrem, eu não queria mudar a sociedade. Queria dar à sociedade a oportunidade de determinar se deveria mudar a si mesma", completou.
Durante a entrevista que durou mais de 14 horas, Snowden também falou sobre sua vida na Rússia, que lhe concedeu asilo temporário. O ex-técnico da NSA se descreveu como um "gato doméstico", que passa seus dias cumprimentando um fluxo grande de visitantes, navegando na internet e cozinhando miojo e batatas.
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Antes de deixar os EUA com os documentos secretos da unidade, ele explicou que testou os colegas de agência para saber se eles compartilhavam de suas preocupações sobre as espionagens. "Eu perguntei a eles: o que vocês acham que o público faria se isso fosse primeira página", disse.
As revelações de espionagem em massa provocaram escândalos diplomáticos ao mostrar que os serviços de inteligência norte-americano vigiavam milhões de comunicações, incluindo a presidente do Brasil, Dilma Roussef, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
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Por fim, Snowden rejeitou as acusações que lhe qualificaram como um "traidor" e o acusaram de entregar documentos secretos a Rússia e China. "Não há evidências de que tenho lealdade à Rússia ou à China ou a qualquer outro país em vez dos EUA. Não tenho relação com o governo russo. Não alcancei nenhum acordo com eles", afirmou.