Cotidiano

Educação leva curso inédito para professor de Santos ajudar aluno com sinal de depressão

Oferecido em parceria com a Unifesp, projeto pioneiro já formou 318 educadores da rede estadual para ficarem atentos aos transtornos psíquicos

Publicado em 22/12/2014 às 12:01

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A Secretaria da Educação do Estado, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), levou um projeto inovador a escolas de Santos, Ribeirão Preto, Sorocaba e Taboão da Serra e capital. Nesta primeira etapa, 318 professores, sendo 59 de Santos, foram formados em um curso ministrado por psiquiatras, neurologistas e pedagogos. Os participantes aprendem a detectar sinais de depressão, déficit de atenção, transtorno bipolar e outras manifestações psíquicas nos alunos.

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O objetivo é que os educadores saibam como abordar os estudantes e ofereçam ajuda. O projeto é chamado de Cuca Legal e a proposta da Secretaria é levar as capacitações para as outras regiões do Estado no próximo ano. Neste mês de dezembro, as últimas turmas de 2014 participaram das formações. Também já começaram a ser elaboradas as estratégias de atuação de 2015.

Todos os capacitados no Cuca Legal são professores-mediadores, um educador formado pela Secretaria que já atua com a função de identificar vulnerabilidades no ambiente escolar e desenvolver ações de prevenção e mediação de conflitos como bullying e indisciplina.

Os participantes aprendem a detectar sinais de depressão, déficit de atenção, transtorno bipolar e outras manifestações psíquicas nos alunos (Foto: Divulgação)

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As pesquisas já mostram que a idade escolar é a que concentra as primeiras manifestações das doenças mentais, sendo elas mais incapacitantes do mundo e que comprometem o futuro. “Com o Cuca Legal agregamos ao professor-mediador a formação para que  ele consiga identificar os sinais de transtornos e também tenha o conhecimento de quais instituições de saúde deve recorrer, além de saber como envolver os pais e a família nestes casos", afirma o coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria, Felippe Angeli. "O papel do professor não é, e não pode ser, o de fazer diagnóstico de doença. Mas contribuímos para que ele atue como ponte para o bem-estar do jovem", completa Angeli.

O curso do Cuca Legal é composto por 40 horas de formação e que incluem atividades extracurriculares. Nas aulas, são oferecidas estratégias de promoção à saúde mental e prevenção de transtornos na escola, com uma abordagem interativa que contempla educadores e alunos. Em um dos tópicos, por exemplo, os professores são estimulados a olharem com cautela os alunos extremamente quietos. Isso porque, os bagunceiros costumam chamar muita atenção, mas os silenciosos podem ter algum conflito não partilhado.

Todos os professores-mediadores das diretorias de ensino que recebem o Cuca Legal participam da formação. Atualmente, a rede estadual conta com mais de três mil professores-mediadores, um aumento de três vezes em relação ao início do projeto, em 2010, quando eram cerca de mil participantes.

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