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Causa perplexidade a manifestação da representante maior da Secretaria do Patrimônio da União, Cassandra Maroni Nunes, durante Audiência Pública realizada na Câmara de Santos na última terça-feira, cuja discussão estava pautada pela já cansativamente debatida taxa de laudêmio, que, nas palavras da secretária, “tem como objetivo garantir o domínio público sobre as faixas do litoral brasileiro”.
Com vida pública radicada na Região da Baixada Santista, Cassandra Maroni tem a oportunidade de, em Brasília, e sob a condição de principal agente do SPU, transformar em realidade a missão daquele órgão que, legalmente, compete zelar pelos bens públicos da União, porém, parece ter esquecido que na sua Região de origem, bens de uso público estão sendo utilizados como propriedade privada, o que já foi retratado de maneira ostensiva por esse periódico, como nos casos das praias de Iporanga e do Rabo do Dragão.
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Sob a lenta atuação do SPU, perpetuam-se os clubes vip, a limitação de número de usuários, a determinação de horário, a construção de guaritas, a manutenção de regalias para um determinado núcleo social em detrimento de outros cidadãos.
A série de matérias desse periódico sobre o tema – que concorreu ao prêmio Esso – e que denunciava a limitação de acesso a determinadas praias do Guarujá não foi suficiente para sensibilizar essa agente pública que tem pleno conhecimento do problema, e que não demonstrou qualquer ação concreta para modificar essa situação.
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Seu discurso de que a manutenção do laudêmio se faz necessária “para permitir o acesso universal às praias”, arrematado ainda pela fala de que essa taxa serve para “evitar uma privatização de áreas comuns”, demonstra que se está diante de mais uma burocrata sentada em seu gabinete e que nada mais faz do que simplesmente repetir até convencer a si, e aos poucos ingênuos, de que essa taxa deverá continuar a ser paga pelo contribuinte para a manutenção de algo que não lhe será oferecido.
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