Cotidiano

Ebola: epidemia vai mergulhar Serra Leoa e Guiné em recessão, diz Banco Mundial

Mas a epidemia de ebola, que se propagou na África Ocidental depois de agosto, causando cerca de 6 mil mortos, afundou a atividade econômica e atrasou os investimentos

Publicado em 02/12/2014 às 15:21

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A epidemia de ebola vai mergulhar Serra Leoa e a Guiné-Conacri na recessão em 2015, informou hoje (2) o Banco Mundial, lembrando que os dois países já são afetados pela pobreza.

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Principal vítima econômica do ebola, Serra Leoa deverá ver o seu Produto Interno Bruto (PIB) diminuir 2%, enquanto a contração deverá ser menos acentuada na Guiné-Conacri (-0,2%), indicou a instituição, que, em contrapartida, reviu para cima as projeções para a Libéria, onde a luta contra a epidemia “mostra sinais de progresso”.

Em outubro, o Banco Mundial previu para 2015 um crescimento sólido na Guiné-Conacri (2%) e, sobretudo, em Serra Leoa (7,7%), que está saindo de vários anos de guerra civil.

Mas a epidemia de ebola, que se propagou na África Ocidental depois de agosto, causando cerca de 6 mil mortos, afundou a atividade econômica e atrasou os investimentos.

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“Esse relatório evidencia a razão por que devemos lutar para atingir o objetivo de nenhum caso de ebola”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, ressaltando no comunicado os impactos econômicos e humanos “devastadores”.

De acordo com o último balanço da OMS, atualizado na segunda-feira (1º), o ebola já causou a morte de cerca de 6 mil pessoas (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/Associated Press/Estadão Conteúdo)

A Libéria, que tem o maior número de mortos (3.145), está ligeiramente melhor do que os seus vizinhos em nível econômico e se beneficia de uma “forma de retomada de atividade”, segundo o Banco Mundial.

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Animado pelos “progressos” na luta contra a epidemia, o país viu ainda as previsões de crescimento revistas para cima desde outubro, de 1% para 3%, ainda que essas projeções sejam inferiores às estimadas antes do início da epidemia (6,8%), segundo o relatório.

Para lidar com a epidemia, os países tiveram que cortar o investimento público na ordem dos US$ 160 milhões, minando as perspetivas de crescimento, segundo o Banco Mundial.

"À medida que aceleramos a nossa resposta sanitária, a comunidade internacional deve fazer todo o possível para ajudar os países afetados a retomarem o caminho da recuperação e do desenvolvimento econômico", disse Kim.

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De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde, atualizado na segunda-feira (1º), o ebola já causou a morte de cerca de 6 mil pessoas.

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