Drone e helicóptero são usados para construir linha de transmissão na Serra do Mar

A companhia ISA CTEEP renovou 9,6 km de linha de transmissão e reconstruiu 22 torres de energia na Serra do Mar, entre Santo André e Cubatão. As obras foram realizadas durante 11 meses, com o objetivo de preservar a segurança e a confiabilidade do fornecimento de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN), beneficiando, principalmente, o litoral de São Paulo. O investimento previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de R$ 45 milhões.

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Com o acesso extremamente complexo ao traçado, devido à mata fechada e ao relevo sinuoso, a empresa utilizou estratégias inovadoras, como o uso intensivo de helicópteros para a execução da obra civil, da montagem e do lançamento dos cabos, a fim de garantir a segurança dos colaboradores envolvidos na manutenção da linha de transmissão e de minimizar ao máximo o impacto ao meio ambiente.

No período, foram contabilizadas 400 e 300 horas de voo para o transporte de equipe e de carga, respectivamente, o que totalizou o volume de 3 mil toneladas de materiais - entre os quais, 1.580 toneladas de concreto e 177 toneladas de estruturas metálicas, além de 261 toneladas de sucatas que foram removidas e destinadas a uma companhia parceira da ISA CTEEP, responsável pelo correto descarte de ferro, aço e cobre.

"Trata-se de uma estrutura que foi construída na década de 1970 e possuía risco de erosão devido aos efeitos climáticos. Ter um plano robusto para atuar de forma preventiva nesses ativos é fundamental", afirma Gabriela Desirê, diretora-executiva de operações da companhia.

"É motivo de grande orgulho entregar um projeto complexo como este na Serra Mar, que exigiu a adoção de estratégias inovadoras e muito conhecimento para garantir a segurança aos colaboradores e a preservação do meio ambiente", complementa Dayron Urrego, diretor-executivo de projetos da empresa.

 

SERRA DO MAR.

A linha de transmissão da companhia está localizada no Parque Estadual da Serra do Mar e próxima à Reserva Biológica Alto da Serra, ao Parque Natural Municipal das Nascentes e ao Patrimônio Tombado de Paranapiacaba, o que exigiu um cuidado ainda maior para a realização da obra.

Por isso, além de utilizar helicópteros, contou com equipe in loco de biólogos e veterinários para a orientação dos técnicos em relação aos cuidados com a fauna e flora; orientação aos trabalhadores sobre a importância das Unidades de Conservação; coleta seletiva de resíduos recicláveis gerados ao longo do projeto e uso de técnicas menos invasivas, como acesso aéreo, priorizando a conservação da vegetação e reduzindo a intervenção em curso de água, como córregos e rios; uso de drone para minimizar os danos às árvores durante as retiradas dos cabos; transporte aéreo dos materiais retirados e implantação das novas estruturas utilizando helicóptero de grande porte. Com o término da obra, ainda está prevista compensação ambiental alinhada com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).