Cotidiano

Dona de bar agredida por PM diz que foi trancada 'em sala suja' em delegacia

Após o episódio, ocorrido em 30 de maio, a dona do bar revela que foi levada para o 101º DP, onde o caso foi registrado

Da Reportagem

Publicado em 14/07/2020 às 12:15

Atualizado em 14/07/2020 às 12:26

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Caso ocorreu em Parelheiros, na zona sul de São Paulo / Reprodução/Band

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A mulher que foi agredida por policiais militares em Parelheiros, na zona sul de São Paulo, disse nesta segunda-feira que ficou trancada em uma sala “suja e escura” no 101º Distrito Policial após ser levada pelos policiais. As informações são da “TV Globo”.

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Em coletiva nesta segunda, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o caso será investigado e que as cenas em que um PM aparece pisando sobre o pescoço da comerciante de 51 anos, divulgadas pelo programa “Fantástico” no último domingo (12), “causam repulsa”.

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Após o episódio, ocorrido em 30 de maio, a dona do bar revelou que foi levada para o 101º DP, onde o caso foi registrado. Ela disse que passou a noite sentada em uma cadeira numa sala escura e com mau cheiro.

"Passei por uma recepção que a frente é de vidro. Aí eles me levaram pra uma celinha pequena, no qual estava muito fedida, entendeu? E me colocaram lá dentro e mandaram sentar. Aí policial falou 'ela não tem condições de sentar no chão, porque ela está engessada. Aí o outro foi e me trouxe uma cadeira de escritório e uma caixa de isopor grande na qual coloquei a perna e fiquei na cadeira de escritório e me fecharam no escuro, numa porta com cadeado e fiquei lá até 08h20 da manhã", disse, em entrevista à “TV Globo”.

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Ainda de acordo com a dona do bar, o tratamento só mudou quando a vítima foi levada para o 89º DP, onde os policiais a orientaram a procurar um advogado.

Os policiais alegam, segundo outra reportagem, da "Band TV", que haviam sido chamados por causa de um bar aberto na região. De acordo com a versão dos agentes, a mulher era dona do bar e tentou agredir os PMs com uma barra de ferro, por isso teria sido imobilizada. O advogado da comerciante nega essa versão.

O porta-voz da PM afirmou nesta segunda-feira que os dois policiais envolvidos na ação foram afastados e o caso está sob investigação.

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