Cotidiano

Dólar recua para R$ 3,84 e deve ter primeira queda mensal desde junho

Se o cenário não mudar até o fechamento do mercado, será o primeiro mês de baixa da moeda americana sobre o real desde junho, quando caiu 2,29%

Publicado em 30/10/2015 às 13:18

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A disputa pela formação da ptax -taxa média de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central, cujo valor no último dia útil de cada mês serve como referência para contratos no mercado financeiro- gera instabilidade no câmbio nesta sexta-feira (30).

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Às 12h45 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,55%, para R$ 3,844 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuava 0,36%, para R$ 3,842.

Apesar do recuo na sessão, o dólar caminhava para fecha o mês com queda acumulada em torno de 2%. Se o cenário não mudar até o fechamento do mercado, será o primeiro mês de baixa da moeda americana sobre o real desde junho, quando caiu 2,29%.

A queda do dólar no dia acompanhava o cenário externo: a moeda caía sobre 19 das 24 principais divisas emergentes do mundo. O dólar também tinha desvalorização em relação a todas as dez moedas mais importantes do globo, entre elas o euro, o iene, a libra e o franco suíço.

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A avaliação de analistas, porém, é que a cotação do dólar continua pressionada  (Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas)

Também influencia na baixa o anúncio de continuidade das intervenções do Banco Central do Brasil no mercado. A autoridade confirmou para a semana que vem o início da rolagem dos swaps cambiais -operação equivalente à venda futura de dólares- para estender o prazo de contratos que vencem em dezembro. O lote total representa US$ 10,905 bilhões.

A avaliação de analistas, porém, é que a cotação do dólar continua pressionada no médio prazo pela possibilidade de aumento de juros nos Estados Unidos em dezembro de 2015.

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Os sinais emitidos por membros do Federal Reserve (banco central americano) sobre quando e em quanto elevarão os juros do país têm causado turbulência no mercado financeiro. A expectativa é que a alta provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar.

Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco.

No mercado brasileiro de juros futuros, as taxas dos contratos operam com sinais opostos na BM&FBovespa nesta sexta-feira, mas se mantêm em níveis considerados altos. O DI para janeiro de 2016 subia de 14,240% para 14,259%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,910%, ante 15,950% na sessão anterior.

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