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Apesar de ter fechado o mês de junho no vermelho, o dólar comercial foi o investimento mais rentável no primeiro semestre deste ano, com valorização de 17,10%. Na lanterna ficou o CDB, com avanço de 2,51% de janeiro a junho. Já a Bolsa teve alta de 6,15% no período.
“O dólar se fortaleceu frente às principais moedas em função dessa expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, que ainda não se materializou, mas pode acontecer no segundo semestre”, afirma Fabio Colombo, administrador de investimentos. “Há também o impasse da Grécia na zona do euro, que fez os mercados oscilarem no mundo inteiro.”
Além das turbulências no cenário internacional, o mercado foi afetado por questões locais. “Tivemos problemas internos com a balança comercial e de pagamentos, o que fez o real se desvalorizar frente ao dólar”, afirma Colombo. “O governo está com dificuldade de tomar rédeas: há a dificuldade na aprovação do ajuste fiscal, possibilidade de revisão da meta fiscal e denúncias novas da Operação Lava Jato que se aproximam mais do Palácio do Planalto”, afirma.
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Apesar da instabilidade política e econômica, o Ibovespa - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - avançou 0 61% em junho e 6,15% no ano. “A Bolsa já vem de vários anos ruins e acabou fechando próximo ao CDI, mas não acima o suficiente para pagar o risco maior que ela tem”, diz Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.
A renda fixa teve alta de 0,85% em junho, abaixo do IPCA-15 para o mês, de 0,99%. “Dado o patamar de juro elevado e o cenário de incertezas no mercado externo e interno, é mais prudente ser mais conservador”, diz Viriato. “Além disso, a inflação deve desacelerar nos próximos meses, então as aplicações referenciadas ao CDI devem ter um desempenho melhor no segundo semestre.”
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