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O dólar reage com alta nesta quinta-feira (29) à possibilidade de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos ainda em 2015, conforme sinalizou o Federal Reserve (banco central americano) na véspera.
Às 12h10 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, avançava 1,55%, para R$ 3,929 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, subia 0,17%, também para R$ 3,929.
Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar caía somente em relação a duas -o yuan chinês e o dólar de Hong Kong. A divisa americana também se fortalecia em relação a todas as dez moedas mais importantes do globo, entre elas o iene, o euro e o fraco suíço.
Na quarta-feira (28), o Fed sinalizou a possibilidade de elevação dos juros nos EUA em sua próxima reunião, que ocorrerá nos dias 15 e 16 de dezembro. A taxa, por ora, segue mantida em seu menor patamar histórico, entre zero e 0,25% ao ano.
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Nesta quinta, foi divulgado que a economia americana se expandiu em ritmo mais lento no terceiro trimestre do ano, com crescimento de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto). A notícia, no entanto, não impactou a expectativa de aumento dos juros em dezembro, uma vez que o indicador ainda apontou uma demanda doméstica sólida.
Os sinais emitidos por membros do Fed sobre quando e em quanto elevarão os juros do país têm causado turbulência no mercado financeiro. A expectativa é que a alta provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar.
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Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco.
Os juros futuros nos EUA mostravam, às 12h10 (de Brasília) chance de 50% de aumento da taxa americana em dezembro. Na véspera, antes do anúncio do Fed, estava em torno de 32%.
A pressão no câmbio se refletia no mercado brasileiro de juros futuros nesta sessão e as taxas dos contratos de DI de longo prazo subiam na BM&FBovespa, se mantendo em níveis considerados altos. Os contratos de curto prazo, porém, caíam.
O DI para janeiro de 2016 recuava de 14,300% para 14,255%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,970%, ante 15,880% na sessão anterior.
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Ações
O principal índice da Bolsa brasileira acompanha o mau humor externo e opera em baixa nesta sessão. O Ibovespa caía 0,28% às 12h10, para 46.611 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 1,3 bilhão. No exterior, os mercados acionários europeus e americanos estavam no vermelho, com quedas em torno de 0,5%.
O recuo do Ibovespa era amenizado pela valorização de 2,59% das ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, para R$ 7,90 cada uma. O Itaú, papel com o maior peso dentro do índice, também operava no azul, com avanço de 1,23%, a R$ 27,06.
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