Cotidiano
Antes disso, eles têm três dias para solicitar um processo administrativo interno no Metrô para tentar se defender e para questionar a empresa sobre o que exatamente motivou a dispensa de cada um
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"A possibilidade da greve no dia 12 é muito concreta. As demissões foram uma punição política do governo", disse Paulo Pasin, um dos demitidos, na segunda-feira, 9. Ele trabalhava no Centro de Controle Operacional (CCO) e já havia sido demitido uma vez da empresa em 2007, mas foi readmitido após decisão judicial. Será esse, aliás, o caminho a ser trilhado pelos 42 dispensados.
Antes disso, eles têm três dias para solicitar um processo administrativo interno no Metrô para tentar se defender e para questionar a empresa sobre o que exatamente motivou a dispensa de cada um, já que isso não foi explicitado. A agente de segurança Raquel Amorim, de 26 anos, diz que só ficou sabendo que integrava a lista depois que o sindicato telefonou para o RH do Metrô pedindo a relação de dispensados. "Eles me escolheram só porque sou uma das diretoras sindicais. Não fiz nada ilegal." Mãe de dois filhos e há três anos na empresa, ela e os outros dispensados receberão um pequeno auxílio financeiro do sindicato enquanto estiverem sem emprego.
Já a operadora de trem Marília Ferreira, de 30 anos, disse que chegou para trabalhar nesta terça-feira quando foi avisada pelo chefe sobre sua demissão. Ela também é diretora sindical. Dos 42, aliás, 11 são dirigentes da entidade. O Metrô tem cerca de 9,5 mil funcionários.
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Revolta
Um dos pontos que mais revoltavam os sindicalistas era o fato de o próprio presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Luiz Antonio Carvalho Pacheco, ter afirmado, em uma reunião anteontem na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), que readmitiria 40 dos funcionários dispensados. No entanto, logo na sequência o Palácio dos Bandeirante reagiu e vetou essa hipótese O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, confirmou que não se recuaria nas demissões.