Cotidiano

Diretor que gravaria série de Keanu Reeves no Litoral é preso por 'golpe'

Atração ainda teria envolvimento de uma famosa atriz brasileira, e as filmagens também aconteceriam em vários cantos do mundo

Gabriel Fernandes

Publicado em 19/03/2025 às 19:40

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Diretor Carl Rinsch nas gravações de '47 Ronins' / Universal Pictures/Divulgação

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O diretor Carl Rinsch  ("47 Ronins") foi preso nesta quarta-feira (19), em Nova York, sob as acusações de fraude e lavagem de dinheiro, depois de usar US$ 11 milhões fornecidos pela Netflix para realização da série "Conquest", em gastos pessoais.

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A atração teria o envolvimento de nomes como Keanu Reeves e Bruna Marquezine, com as gravações  acontecendo em diversas partes do mundo, inclusive em Santos e São Paulo.

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Entenda o caso

Após realizar um leilão entre a Amazon, Max, Apple e Netflix, esta última adquiriu do próprio Rinsch os direitos de produção da atração.

Na época, ele e sua ex-esposa e parceira criativa, Gabriela Rosés Bentancor, apresentaram para os compradores episódios curtos da atração, que chegaram a ser finalizados pelo próprio Rinsch com o dinheiro de sua produtora 30West e do próprio Reeves. 

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Ao firmar o acordo com a Netflix, o comportamento do diretor se tornou 'errático' conforme foi revelado em uma matéria do The New York Times em 2023.

Em um primeiro momento, a plataforma orçou "Conquest" em US$ 55 milhões, com Rinsch gastando US$ 46 milhões nas gravações em São Paulo, Santos, Montevidéu e Budapeste. 

Em terras brasileiras, um representante do sindicato de atores visitou o set depois de queixas de maus tratos por parte dos figurantes.

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Depois do episódio, Rinsch solicitou US$ 11 milhões adicionais, que a Netflix concedeu após uma disputa entre as duas versões do roteiro. Desse montante, o diretor investiu US$ 10,5 milhões no mercado de ações, em apostas que não deram certo.

Uma dessas empresas ainda alegou que estava em estágios finais de desenvolvimento de um remédio antiviral para a covid-19. Nesse cenário, o cineasta perdeu US$ 6 milhões em poucos dias.

Com o dinheiro que restou, ele investiu na criptomoeda Dogecoin, em que chegou a lucrar US$ 27 milhões.

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Desse montante, ele gastou um terço (US$ 8,5 milhões) em itens de luxo, cinco Rolls-Royces e uma Ferrari, um relógio de mais de US$ 350 mil, roupas e móveis extravagantes. 

Diante desse cenário, a Netflix rompeu o contrato com Rinsch e alegou que ele poderia vender a atração para outra plataforma ou estúdio, com condição que ela fosse reembolsada depois. 

Mesmo assim, o diretor ainda resolveu processar a empresa em US$ 14 milhões, alegando quebra de contrato e que todos os gastos foram em prol da série. 

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Em resposta, a Netflix alegou que este pagamento só aconteceria em caso de cumprimento de metas da produção, algo que nunca aconteceu, já que nenhum episódio chegou a ser entregue. 

Sobre a série

Rotulada como "Conquest", a história traria um cientista genial que criaria uma inteligência artificial quase indistinguível da humanidade e a enviaria para locais conflituosos do planeta. Só que essa ação acaba resultando em um conflito mundial

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