Cotidiano
Jânio Zeferino da Silva explicou que o Banco do Brasil se dispõe a destinar até R$ 5 bilhões de recursos controlados para financiar a retenção da safra pelos cafeicultores
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O diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Jânio Zeferino da Silva, disse nesta quarta-feira (11) que se houver demanda não faltarão recursos nos bancos para financiar a estocagem de até 15 milhões de sacas de café. Ele explicou que, além do montante de R$ 1,4 bilhão do Fundo de Defesa da Cafeicultura (Funcafé), já disponibilizado pelo governo para estocagem, o Banco do Brasil se dispõe a destinar até R$ 5 bilhões de recursos controlados para financiar a retenção da safra pelos cafeicultores.
O diretor afirmou que a contrapartida de aplicação de R$ 1 bilhão pelo Banco do Brasil utilizando recursos de outras fontes, na mesma proporção do repasse de R$ 1 bilhão Funcafé, será proporcional a cada linha de crédito estabelecida no contrato que foi divulgado nesta quarta no Diário Oficial da União.
O BB irá repassar do Funcafé R$ 283,994 milhões para estocagem; R$ 141,176 milhões para aquisição de café pelas indústrias, cooperativas e exportadores; R$ 160,640 milhões para custeio das lavouras de café; R$ 66,623 milhões para capital de giro das indústrias de solúvel; R$ 80 milhões para giro das torrefações; e R$ 242,568 milhões para giro das cooperativas. O banco também deve aplicar R$ 20 milhões para financiar operações de proteção contra volatilidade de preços em mercado de futuros e R$ 5 milhões para renovação de cafezais.
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O contrato assinado pelo BB conclui a alocação de recursos para os agentes financeiros que estão operando com o Funcafé nesta safra. O total de recursos é de R$ 3,16 bilhões, sendo R$ 650 milhões para custeio; para operações de estocagem R$ 1,14 bilhão; para financiar a aquisição de café por exportadores e torrefações até R$ 500 milhões; para financiar hedge em bolsa por meio de operações de opções e futuros até R$ 50 milhões; e para financiar capital de giro das indústrias de solúvel até 150 milhões e das torrefações até R$ 200 milhões. As cooperativas terão R$ 450 milhões para capital de giro. O governo também vai destinar R$ 20 milhões para renovação dos cafezais.
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