20 de Setembro de 2024 • 12:45
O diretor-geral da Organização para Proibição de Armas Químicas (cuja sigla em inglês é Opaq), Ahmet Üzümcü, disse hoje (4) ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que o principal desafio no momento é controlar o uso de armamentos por entidades não estatais. A afirmação dele ocorre no momento em que há suspeitas sobre o uso de armas químicas contra civis nos confrontos na Síria, que duram mais de dois anos, matando cerca de 90 mil pessoas.
Na conversa com Patriota, Üzümcü classificou como “muita ativa” a participação do Brasil na Opaq, pois foi um dos primeiros países a integrar o órgão. No grupo de inspetores da organização está o perito brasileiro Marcelo Kós. O diretor elogiou ainda o fato de o Brasil cumprir os objetivos da Convenção sobre Armas Químicas (cuja sigla em inglês é CWC).
Segundo Üzümcü, o trabalho de identificação e destruição de arsenais químicos avança. Para ele, em alguns anos, os principais estoques de armamentos serão eliminados. A Opaq, de acordo com o diretor-geral, elabora um programa para a fase de transição após a destruição das armas.
A Opaq é uma organização intergovernamental, cuja sede fica em Haia, na Holanda. A organização promove e verifica a adesão à CWC, que proíbe o uso de armas químicas e exige a destruição dos arsenais. O trabalho de verificação se baseia na avaliação de declarações dos países que integram o órgão. O trabalho de inspeção envolve a verificação de instalações de arsenais de armas químicas, das indústrias e de investigações de supostos usos de armamentos.
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