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A direção da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, reconheceu hoje (20) que aproximadamente 300 toneladas de água radioativa vazaram dos tanques utilizados para armazenar o líquido usado no arrefecimento dos reatores da fábrica. A empresa responsável pela usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), informou que a quantidade de água que vazou é superior aos 120 litros inicialmente estimados.
A Autoridade de Regulação Nuclear (NRA) pediu um estudo detalhado por temer que a água contaminada siga em direção ao mar. No último dia 7, a NRA advertiu que cerca de 300 toneladas de água radioativa são vertidas diariamente para o mar, a partir do subsolo.
A Tepco, porém, informou ter tomado medidas de proteção, como a construção de um muro subterrâneo para conter o vazamento e tentar remover o líquido por meio de bombas de extração. Paralelamente, o governo japonês decidiu adotar medidas de congelamento do solo em volta dos reatores, na tentativa de bloquear a passagem de água.
Fukushima foi o epicentro da maior crise nuclear depois de Chernobyl, em 1986. Em 2011, um terremoto seguido por tsunami causou vazamentos e explosões na usina. Os acidentes levaram as autoridades japonesas a esvaziar as cidades em volta da unidade e a proibir o consumo de alimentos produzidos na região.
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