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A polícia dinamarquesa promoveu uma busca em oito apartamentos em diferentes regiões de Copenhague, nesta terça-feira (17), como parte das investigações sobre os atentados terroristas que resultaram na morte de duas pessoas nos dias 14 e 15 de fevereiro.
“Ainda estamos mapeando os movimentos do autor do atentado e de seus cúmplices e buscando evidências”, informou a polícia em nota. Parte das residências incluídas na operação estão no distrito de Norrebro, a noroeste da capital, onde vivia o responsável pelos ataques, Omar El Hussein, de 22 anos. Desde o início das investigações três pessoas foram presas sob acusação de ajudar El Hussein.
O jovem dinamarquês, de origem palestina, invadiu um café no dia 14 de fevereiro atirando contra os participantes de um evento sobre liberdade de expressão. O cineasta dinamarquês Finn Norgaard, de 55 anos, foi atingido e morreu na hora. Nas primeiras horas do dia 15 de fevereiro, novos disparos foram efetuados em frente à principal sinagoga de Copenhague, em Krystalgade, atingindo fatalmente o segurança Dan Uzan, de 37 anos. Horas depois de cometer os dois atentados, El Hussein foi perseguido e morto pela polícia.
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Um mês depois dos ataques que chocaram Copenhague e deixaram a polícia em estado de alerta, pelo menos 30 dos 98 municípios dinamarqueses iniciaram ou reforçaram estratégias de combate ao terrorismo. De acordo com pesquisa divulgada pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, várias prefeituras estão buscando inspiração no modelo de prevenção contra o terrorismo e reabilitação de extremistas iniciado por Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca. O programa de Aarhus ganhou destaque internacional por priorizar uma abordagem mais “suave”, se comparada à adotada por países europeus.
No sábado (14), 30 dias depois dos atentados, mais de mil pessoas, de mãos dadas, formaram um círculo de paz ao redor da sinagoga de Krystalgade. O ato foi organizado por um muçulmano, Niddal El Jabri, que disse, na ocasião, que o objetivo “era mostrar que todos, inclusive a comunidade muçulmana, querem a paz na Dinamarca”.