Cotidiano

Dinamarca: polícia busca envolvidos em atentados de fevereiro

Um jovem dinamarquês, de origem palestina, invadiu um café no dia 14 de fevereiro atirando contra os participantes de um evento sobre liberdade de expressão

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 17/03/2015 às 19:20

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A polícia dinamarquesa promoveu uma busca em oito apartamentos em diferentes regiões de Copenhague, nesta terça-feira (17), como parte das investigações sobre os atentados terroristas que resultaram na morte de duas pessoas nos dias 14 e 15 de fevereiro.

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“Ainda estamos mapeando os movimentos do autor do atentado e de seus cúmplices e buscando evidências”, informou a polícia em nota. Parte das residências incluídas na operação estão no distrito de Norrebro, a noroeste da capital, onde vivia o responsável pelos ataques, Omar El Hussein, de 22 anos. Desde o início das investigações três pessoas foram presas sob acusação de ajudar El Hussein.

O jovem dinamarquês, de origem palestina, invadiu um café no dia 14 de fevereiro atirando contra os participantes de um evento sobre liberdade de expressão. O cineasta dinamarquês Finn Norgaard, de 55 anos, foi atingido e morreu na hora. Nas primeiras horas do dia 15 de fevereiro, novos disparos foram efetuados em frente à principal sinagoga de Copenhague, em Krystalgade, atingindo fatalmente o segurança Dan Uzan, de 37 anos. Horas depois de cometer os dois atentados, El Hussein foi perseguido e morto pela polícia.

Três pessoas foram presas sob acusação de ajudar El Hussein (Foto: Divulgação)

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Um mês depois dos ataques que chocaram Copenhague e deixaram a polícia em estado de alerta, pelo menos 30 dos 98 municípios dinamarqueses iniciaram ou reforçaram estratégias de combate ao terrorismo. De acordo com pesquisa divulgada pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, várias prefeituras estão buscando inspiração no modelo de prevenção contra o terrorismo e reabilitação de extremistas iniciado por Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca. O programa de Aarhus ganhou destaque internacional por priorizar uma abordagem mais “suave”, se comparada à adotada por países europeus.

No sábado (14), 30 dias depois dos atentados, mais de mil pessoas, de mãos dadas, formaram um círculo de paz ao redor da sinagoga de Krystalgade. O ato foi organizado por um muçulmano, Niddal El Jabri, que disse, na ocasião, que o objetivo “era mostrar que todos, inclusive a comunidade muçulmana, querem a paz na Dinamarca”.

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