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Muitos dinamarqueses prestaram hoje (18) suas últimas homenagens a Dan Uzan, de 37 anos, uma das vítimas dos ataques que chocaram a Dinamarca neste fim de semana. Ele prestava serviço voluntário como segurança na principal sinagoga de Copenhague, em Kristalgade, quando o atentado aconteceu, nas primeiras horas de domingo (15).
O cemitério que recebeu o cortejo nesta Quarta-Feira de Cinzas, na capital dinamarquesa, teve a segurança reforçada, pois várias autoridades participaram do funeral. Entre elas, a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt.
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O rabino Jair Melchior, em suas últimas palavras a Uzan, pediu por mais tolerância. “Eu não tenho uma mensagem para a comunidade muçulmana, eu tenho uma mensagem para todas as pessoas. Temos que fazer diferença, temos que conversar uns com os outros, que conhecer as nossas diferenças. Não temos que ser todos iguais”, disse.
A polícia anunciou formalmente ontem (17), no fim da tarde, a identidade do suposto autor dos atentados, que já tinha sido revelada pela imprensa. Omar El Hussein tinha 22 anos, era nascido em Copenhague, de pais palestinos, e tinha acabado de deixar a prisão, onde cumpria pena por esfaqueamento.
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Um relatório do sistema prisional dinamarquês, divulgado em setembro do ano passado, já indicava que o jovem tinha desenvolvido tendências extremistas na prisão. Mesmo assim, o serviço de inteligência disse que não tinha razões para acreditar que ele pudesse cometer atos terroristas. O atirador foi morto pela polícia no domingo (15), depois de uma perseguição em Norrebro, a noroeste da capital.
Líderes do Venstre, partido liberal de centro-direita da Dinamarca, querem uma investigação mais ampla para apurar se a polícia e o serviço de inteligência poderiam ter feito mais para impedir os ataques.
No café onde aconteceu o primeiro atentado, um evento sobre liberdade de expressão reunia vários artistas, entre eles o cartunista sueco Lars Vilks, que já tinha recebido várias ameaças de morte pela autoria de uma caricatura de Maomé, publicada em 2007. Vilks estava acompanhado de sua guarda pessoal e não foi ferido, mas o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, de 55 anos, morreu, e três policiais ficaram feridos.
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Ontem (17), em entrevista à imprensa, Vilks disse que os serviços de segurança da Dinamarca subestimaram a escalada da ameaça terrorista desde o atentado ao jornal Charlie Hebdo, de Paris, em janeiro. Ressaltou, ainda, que a polícia poderia estar melhor armada durante os atentados.