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Após o pífio crescimento da economia brasileira no ano passado e sob especulações de racionamento de energia nos próximos meses, a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira com empresários para escutar o setor e pedir investimentos que resultem na criação de empregos.
"Ela (Dilma) está interessada em ouvir o setor empresarial para saber o que pode ser feito para destravar o País e promover o crescimento", comentou o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que destacou os investimentos de R$ 17 bilhões do grupo empresarial previstos para este ano.
As obras da empreiteira para a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, foram comentadas na reunião. O empresário ressaltou que "muita coisa" está sendo feita para ajudar no crescimento. "Mas, obviamente, a gente, agora, precisa colocar em prática os direcionamentos que existem", afirmou.
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Entre os gargalos citados pelo empresário estão o alto custo da energia elétrica e a precariedade da infraestrutura. "Energia tem de ser muito trabalhada, assim como a questão da infraestrutura, da competitividade, da produtividade", disse. Odebrecht frisou que os investimentos que interessam à empresa estão todos na área de infraestrutura. "É saneamento, logística, portos, aeroportos", listou.
O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, por sua vez, traçou um panorama positivo para 2013. "Fizemos (à presidente Dilma) as nossas observações sobre o que está acontecendo na China", disse. "Evidentemente o ambiente econômico (está) muito mais favorável do que nós tínhamos nos primeiros nove meses (de 2012)." No ano passado, a cotação do minério de ferro ficou abaixo de US$ 90 a tonelada. Atualmente, a tonelada está por volta de US$ 150.
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"Vemos uma recuperação nos equipamentos pesados, na construção civil, com isso nos permite ter um otimismo em relação ao momento econômico de 2013, nas exportações da Vale de minério de ferro, sem contudo notar exuberância que pudesse retomar os níveis de 2008 ou 2010", completou. Ferreira aproveitou a audiência para convidar Dilma para a inauguração de uma planta de cobre no Estado do Pará.
Em outra audiência, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, discutiu com a presidente Dilma Rousseff o plano de investimentos do grupo para 2013, que deverá chegar a R$ 5 bilhões. De acordo com ele, a nova safra, que começa em abril, deve chegar a 600 milhões de toneladas de cana, ante cerca de 570 milhões da anterior.
Questionado se o aumento da safra pode impactar no preço do etanol, Ometto respondeu: "Pode reduzir o custo, o preço do etanol está comprimido, tem de acompanhar o preço da gasolina, e estamos sofrendo um pouco com isso." Ometto disse que não discutiu o risco de racionamento de energia elétrica no País com Dilma, mas avaliou que não vê com "gravidade" o tema. "Quando você depende de clima, é uma coisa preocupante, mas também não vejo esse problema com essa gravidade", disse. "Acho que não vai haver racionamento."
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