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Em discurso na abertura da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, a presidente Dilma Rousseff disse que o evento representa um "momento ímpar" para fortalecer a luta contra o trabalho infantil. "Esse evento representa um momento ímpar para o fortalecimento e a globalização contra um dos maiores desafios do nosso tempo - o trabalho infantil. Devemos às crianças uma infância sem violência, sem medo e sem exploração. Uma infância com carinho e acolhimento", discursou a presidente.
Dilma destacou que a comunidade internacional avançou muito na proteção jurídica a crianças e adolescentes. "Ações articuladas para cooperar e construir soluções concretas é o que desejamos. Dispomos de um amplo conjunto de tratados com elevado nível de ratificação pelos Estados, a amplitude desse arcabouço legal contrasta com a dura realidade cotidiana de muitas crianças", afirmou a presidente, ao comentar o cenário internacional.
Ela acrescentou que "não há região do mundo rica ou pobre que esteja totalmente livre desse problema (trabalho infantil)". "A fragilidade da situação infantil tem uma situação muito mais perversa nos países mais pobres do mundo", emendou.
Segundo a presidente, quase 11% da população infantil mundial, ou o equivalente a um contingente de 168 milhões de crianças, são vítimas da exploração do trabalho. "Combater essa chaga é talvez uma das grandes tarefas morais, éticas, sociais que nos cabem, é um imperativo moral, sim, porque as crianças são o segmento mais vulnerável e indefeso de nossa sociedade. São sempre o nosso presente e o nosso futuro", destacou.
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De acordo com a presidente, o Brasil reduziu, entre 2000 e 2012, em 67% o número de crianças de 5 a 14 anos em trabalho infantil. "Esse ritmo foi mais intenso do que a redução que ocorreu na média global, que foi de 36%. Tal resultado deve-se à articulação abrangente de políticas setoriais de diferentes áreas do governo. Modelo de desenvolvimento inclusivo que adotamos e a prioridade que conferimos à educação", destacou a presidente.
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