Cotidiano

Diário lança 'Colapso', novo tema do Diário de Um Repórter na segunda

Programa mostra a situação dos prédios inclinados de Santos

Carlos Ratton

Publicado em 27/09/2024 às 06:15

Atualizado em 27/09/2024 às 07:17

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Colapso mostra a situação dos prédios inclinados de Santos / Nair Bueno/DL

O Diário do Litoral lança, na próxima segunda-feira (30), no site, redes sociais e plataformas digitais o episódio Colapso, dentro da série Diário de Um Repórter. Colapso mostra a situação dos prédios inclinados de Santos – tema de inúmeras reportagens do jornal- e todo os esforços para tentar consertar uma situação que perdura por décadas, causando muita apreensão aos santistas e curiosidade a veranistas e turistas que frequentam a orla.     

Conforme já publicado pelo Diário, a Prefeitura de Santos pode entrar como parceira da associação dos síndicos dos prédios inclinados na busca de uma solução econômica visando o realinhamento de pelo menos 65 dos 319 imóveis da Cidade que estão na situação mais crítica. 

O secretário de Governo Fábio Ferraz disse, em recente reunião com cerca de 20 síndicos da associação que, após consultar a Caixa Econômica Federal (CEF), haveria a possibilidade da Administração ser uma espécie de fiadora ou avalista de um futuro financiamento bancário visando reaprumar os edifícios. 

Durante o encontro, o advogado Marcelo Marsaioli disse que além da Câmara de Santos, todo o processo envolvendo a parceria entre a Prefeitura e a associação tem que ser submetido ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para que problemas jurídicos futuros sejam evitados. 

Não Para

A situação dos imóveis inclinados em Santos é preocupante. Há 45 dias, em um outro encontro dos síndicos, foi revelado que a inclinação dos prédios é de 1,0 a 1,5 centímetro por ano, em média, e não vai parar. 

Também que custo de reaprumo gira em torno de R$ 20 milhões – dependendo da estrutura de cada edifício – e o trabalho de engenharia leva em torno de um ano. Não tem como calcular o tempo para um prédio colapsar, ou seja, chegar ao ponto de perigo de ter que ser desocupado. 

As informações foram passadas pelo engenheiro civil Evandro Rossi Dasambiagio, que está no Colapso. O problema envolve quase 23 mil unidades habitacionais que fazem parte das mais de três centenas de edifícios inclinados na Cidade, sendo 65 que exigem mais atenção, com inclinação lateral de 50 centímetros ou mais.

Evandro Dasambiagio explica que a solução seria uma nova e profunda fundação; corte de pilares, reaprumo com macacos hidráulicos e reforço nos pilares. Isso obrigaria os moradores a saírem dos prédios em obras durante o dia e voltarem à noite somente para dormir, depois da garantia diária de segurança”, disse o engenheiro.

O profissional disse, porém, que as inclinações não permitirão o efeito dominó – um prédio derrubando o outro.“Qualquer que seja a situação do prédio, se chegar a situação de colapso e desabar, sempre será no sentido vertical, para baixo e nunca para os lados”, garante. 

Bairros 

O Embaré aparece no topo como o bairro mais afetado pela inclinação de edifícios com 18 prédios tortos, seguido pelo Boqueirão, com 16, e Aparecida, que registra 14 construções com problemas de estrutura.A lista inclui até um edifício de alto padrão na Washington Luiz, no Gonzaga, onde Pelé adquiriu seu primeiro imóvel em Santos

Também estão na relação importantes marcos da arquitetura local, como os edifícios Ilhas do Sul e Jardim do Atlântico, na Praia da Aparecida, e o Enseada, no curvão da Ponta da Praia.Os edifícios Anhembi e Iris são os mais inclinados. 

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