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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que não vai mais esperar por republicanos no Congresso e irá mover por conta própria para fazer mudanças na política de imigração, o que tem sido uma prioridade em segundo mandato de sua presidência.
Obama disse que vai reorientar a fiscalização da imigração na fronteira com o México, que tem visto uma onda de crianças que cruzam ilegalmente vindos de países da América Central. Isso significa realocar recursos para aumentar a segurança e continuar a deportar pessoas que fazem a travessia e aquelas que representam uma ameaça para a segurança pública e nacional.
"Eu somente posso tomar uma ação executiva quando temos um problema sério, e nós estamos diante de um problemas sérios e o Congresso escolhe não fazer nada", disse o presidente. "E, diante desta situação, a falha de republicanos para a aprovação dessa lei é ruim para a nossa segurança, para a nossa economia e para o nosso futuro."
Obama disse que decidiu ignorar o Congresso depois que o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, ter informado na semana passada que a Casa não votaria uma reforma na lei de imigração neste ano.
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Contrariado, Obama disse que há republicanos e democratas o suficiente na Câmara dispostos a aprovar a lei de imigração e afirmou que ele assinaria. No Senado, a proposta foi aprovada no ano passado. Mas Obama disse ter esperado por mais de um ano para que Boehner tivesse espaço para agir.
A decisão do presidente ocorre em meio a uma série de casos de crianças desacompanhadas de países da América Central que estão tentando fazer sozinhas a travessia da fronteira do México para os Estados Unidos.
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A decisão de Obama declara efetivamente que uma mudança na política de imigração via Congresso está encerrada neste ano, e talvez para o resto de sua administração. A alteração das leis de imigração e um mecanismo para fornecer um caminho para a cidadania para os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais no país têm sido prioridades de Obama nesse seu segundo mandato.
Com a ação de hoje, Obama está instruindo o secretário do Departamento de Segurança Interna, Jeh Johnson, e o procurador-geral, Eric Holder, para apresentarem suas propostas para que ele possa tomar decisões sem a aprovação do Congresso até o final do verão.