Biólogos de Santos / Divulgação/PMS
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Cuidar de todas as formas existentes de vida no planeta. Esta é uma das definições do Biólogo, que comemora seu dia neste sábado, 3 de setembro. A data faz parte da vida de Ana Beatriz Alarcon Comelli desde que o sonho de criança virou profissão. Aos três anos, a bióloga já sentia que cuidar de animais faria parte do seu futuro.
E é o que faz há 28 anos, quando passou em um concurso público para a Prefeitura de Santos. A maior parte do tempo foi dedicada ao Orquidário, onde ela é a responsável pelas 56 espécies e 470 bichinhos espalhados pelo local.
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“A gente cuida do bem-estar dos animais que estão aqui no parque. Sempre tive esta certeza de que queria trabalhar com isso. Queria ser bióloga e tive a sorte e a oportunidade de poder seguir essa carreira que eu adoro”.
A rotina dela inclui acompanhar e supervisionar os trabalhos de manutenção, alimentação, manejo, os cuidados com os recintos e toda a parte de higienização e limpeza. A dedicação é explicada, segundo ela, pelo amor destinado aos animais.
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Por isso, o trabalho passa a ser um grande desafio, mas realizado com muita alegria e dedicação no parque, que oferece diferentes formas de integração com a natureza.
“Aqui trabalhamos com animais que estão sob responsabilidade humana e esse cuidado que a gente tem no dia a dia, de fazer pesquisa, de verificar o que eles precisam e querer fornecer sempre o melhor ambiente e bem-estar, para mim, é muito interessante e o que torna o meu trabalho prazeroso”, diz Ana.
Um dos resultados do seu empenho e da equipe que também atua no Orquidário surge quando o assunto é reprodução de animais. “Quando eles se reproduzem, no meu entendimento, mostra que estamos no caminho certo. Já tivemos gato do mato, que é uma espécie em extinção, reproduzindo. Já tivemos arara, jacu, enfim, várias espécies”.
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O segredo para ser um bom profissional? “Você tem que gostar. É uma profissão bonita e prazerosa, mas tem que estudar, estar sempre se atualizando e ter dedicação. Mas vale ressaltar que a Biologia não é somente trabalhar com animais, tem uma gama de áreas, como botânica, genética, ecologia. Tem muita coisa para fazer para melhor o nosso planeta”.
Em tempos normais, o Aquário recebe cerca de meio milhão de pessoas por ano. Mas nem de longe os visitantes imaginam o cuidado e dedicação diários que ele recebe do biólogo e coordenador do equipamento, Alex Ribeiro. Ele, assim como Ana Beatriz, também coloca essa dedicação como parte de sua vida.
E, foi a paixão, porém, no caso dele, pelo mar, que abriu caminho para a Biologia. Alex conta que o amor também surgiu na infância, quando acompanhava barcos de pesca chegarem na Ponta da Praia.
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“Quando os barcos chegavam, eu já começava a fazer muitas perguntas, queria saber a diferença entre os peixes. Tinha muita curiosidade. O mar e os animais sempre fizeram parte da minha vida. Vim do esporte, fazia natação, maratona aquática e triatlo. Estar no mar para mim sempre foi uma realidade e trabalhar nessa área acabou sendo um complemento”.
Desde que começou a frequentar a faculdade, ele já buscou caminhos para realizar seu sonho. “Comecei em um estágio no Aquário entre 2005 e 2006. Sou muito enxerido, então, fui me metendo nos assuntos, querendo ajudar. Comecei a trabalhar com educação ambiental e também no manejo, manutenção nos tanques e aí as oportunidades foram aparecendo”.
À frente da coordenação do parque há sete anos, Alex explica que o dia a dia é muito dinâmico na unidade e rotina não é a palavra que define o trabalho no Aquário. “Nunca é um dia igual ao outro, porque você trabalha com animais vivos, sistema de bomba, filtro, ar-condicionado, enfim, tudo o que precisa ser mantido funcionando para o bem-estar dos animais”.
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Por tudo isso, o desafio é constante, ressalta o profissional. “Às vezes, meia noite, uma hora da manhã, liga a Guarda Municipal porque teve uma queda de luz e alguma coisa parou de funcionar. E vale lembrar que o Aquário funciona 365 dias por ano, então é fundamental que todo esse sistema de suporte à vida esteja funcionando”.
Apesar de toda a responsabilidade na função, para ele, trabalho e prazer se confundem. “Ser biólogo é uma realização pessoal e a minha grande missão é estar a frente desse equipamento e todas as coisas positivas que consigo dar como devolutiva para a sociedade, como reprodução de pinguins e de tubarões, devolução de animais à natureza que foram cuidados e tratados pela gente ou até recebimento de animais que não podem mais voltar para natureza”.
Além de compartilharem a paixão pelos animais, os dois biólogos acreditam que uma das missões dos profissionais é ajudar e ensinar a cuidar do planeta.
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“Temos de mostrar como a preservação da natureza é importante. Acho que é um trabalho de formiguinha. Mas fico feliz em participar disso e mostrar como a gente faz parte desse meio ambiente e quanto é importante preservá-lo”, avalia Ana.
“Mostramos como se pode ajudar o meio ambiente, seja com a coleta seletiva, com a reciclagem ou a compostagem. Então também temos essa pegada ecológica de passar para o visitante alguma informação que vai ser relevante para a vida dele, dos netos, e das futuras gerações", diz Alex.
"Porque o planeta que temos hoje, talvez estejamos pagando o preço das gerações mais antigas que não tiveram tanto cuidado. Agora, a gente tem que cuidar para as futuras gerações”, completa.
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