Cotidiano
O Katrina é considerado o terceiro furacão mais forte a atingir os Estados Unidos na história, com ventos que passaram de 220 quilômetros por hora
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Dez anos depois do furacão Katrina, um projeto de infraestrutura orçado em US14,5 bilhões foi erguido para proteger a cidade de Nova Orleans dos efeitos de novas tempestades.
Engenheiros do exército dos Estados Unidos desenharam e executaram a obra, que incluiu a construção de paredes contra inundação para impedir que a água de dois rios entre pelos canais da cidade. Diques e fundações foram reforçados e estações de bombeamento agora ajudam a drenar a água durante tempestades.
Outro projeto em andamento é a recuperação dos pântanos do Golfo do México. Financiado pelo governo do estado de Louisiana, a iniciativa vai custar US$ 50 bilhões. Desse total, US$ 6,8 bilhões serão pagos pela empresa de petróleo britânica BP, responsável por um vazamento de óleo na área há cinco anos. Cientistas acreditam que os pântanos são barreiras naturais que ajudam a amortecer a intensidade de furacões.
O Katrina é considerado o terceiro furacão mais forte a atingir os Estados Unidos na história, com ventos que passaram de 220 quilômetros por hora. Em 29 de agosto de 2005, o Katrina deixou 85% da cidade de Nova Orleans inundada. Grande parte do município fica abaixo do nível do mar e o sistema de diques, que protegia a cidade, se rompeu e agravou a situação.
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Além de Nova Orleans, em Louisiana, o furacão deixou prejuízos e inundações no Mississipi e no Alabama. Apenas poucos dias depois, outro furacão, o Rita, voltou a atingir o Golfo do México e dificultou ainda mais o trabalho das equipes de resgate.
A passagem do Katrina provocou 1.833 mortes. Estatísticas apontam que o furacão causou US$ 151 milhões em estragos.
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Desigualdade
Apesar dos esforços de reconstrução, ainda há muito o que recuperar na cidade. No bairro de Lower Ninth Ward, na área leste de Nova Orleans, de maioria negra, apenas 37% dos moradores conseguiram voltar para casa. As pessoas dependem do trabalho de voluntários da para conseguir reconstruir o que foi destruído. A Organização Não Governamental Lowernine ajuda na recuperação do bairro.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou Nova Orleans na última quinta-feira (27) para lembrar os dez anos da tragédia. Obama disse que os efeitos do Katrina foram agravados pela demora do governo em agir em algumas regiões e que o furacão expôs as desigualdades que vitimizam especialmente os mais pobres e os afro-americanos.
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“Parte de nosso objetivo sempre foi o de não apenas ajudar [Nova Orleans] a se recuperar da tempestade, mas também que comecemos a lidar com algumas das desigualdades estruturais que existiam muito antes da tempestade”, disse.