Cotidiano

Devolução de poderes anunciada pelo Reino Unido desagrada à Escócia

O pacote anunciado hoje é resultado de um acordo entre partidos político britânicos e garante à Escócia, entre outras coisas, autonomia sobre a cobrança e a arrecadação do Imposto de Renda

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/11/2014 às 20:04

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A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, demonstrou insatisfação com o pacote de devolução de poderes ao Parlamento escocês, anunciado hoje (27) pela Comissão Smith, uma comissão parlamentar criada para conduzir as negociações. Segundo ela, a Grã-Bretanha está falhando em cumprir as promessas feitas na ocasião do referendo pela independência, em 18 de setembro, “mas que o veredito final será garantido pelo povo nas eleições gerais, em Maio”.

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Sturgen enfatizou que o Parlamento escocês espera ter poder sobre a criação de empregos, definição do salário mínimo e sobre a contribuição previdenciária, coisas que não foram mencionadas no pacote. “Queremos poder nas nossas mãos para criar um sistema melhor, para tirar as pessoas da pobreza e garantir o crescimento da economia. Esse é o tipo de poder parlamentar que queremos, mas infelizmente, não é o que nos será dado”, destacou.

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O pacote anunciado hoje é resultado de um acordo entre partidos político britânicos e garante à Escócia, entre outras coisas, autonomia sobre a cobrança e a arrecadação do Imposto de Renda. Essa é considerada a maior transferência de poderes do Reino Unido à Escócia desde 1999, quando foi restabelecido o Parlamento escocês. O acordo só entrará em vigor no ano que vem.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse estar satisfeito com o que foi anunciado. “Estamos mantendo nossas promessas”, declarou.

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No dia 18 de setembro, 55% dos escoceses votaram contra a independência do país em relação ao Reino Unido. Mais de 3,6 milhões, dos 4,3 milhões de eleitores registrados compareceram às urnas, um recorde em relação a todas as eleições já ocorridas no Reino Unido desde o sufrágio universal, em 1918. Na ocasião, Cameron e os três principais partidos políticos britânicos prometeram mais autonomia ao Parlamento escocês em impostos, gastos e serviços públicos.

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