Nas demais regiões do planeta, a perda do gelo marinho pode desestabilizar o clima, resultando em eventos climatológicos extremos / Céline Heuzé/University of Gothenburg
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Estudo publicado nesta terça-feira (3) na revista científica "Nature Communications", apontou que o derretimento total do gelo marinho no Oceano Ártico pode acontecer no verão de 2027.
Foram utilizados modelos de computador para prever as datas. Os resultados mais pessimistas apontam para daqui a três ou quatro anos.
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A professora sênior de Climatologia na Universidade de Gotemburgo, Céline Heuzé, explicou que o aquecimento das correntes oceânicas tem papel fundamental nesse processo, pois ela afina a camada de gelo e a derrete por baixo ao longo de todo ano.
Novos resultados evidenciam que o gelo marinho está cada vez mais fino e as alterações climáticas são o fator que mais influenciam no degelo.
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A maioria das simulações previu que o primeiro dia sem gelo pode ocorrer dentro de nove a 20 anos, em um cenário mais otimista.
As consequências do derretimento afetam todo o clima global. Todo o ecossistema do Ártico depende do gelo marinho para sobreviver.
Um dia sem gelo é o suficiente para afetar drasticamente espécies já estressadas por fatores climáticos.
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Nas demais regiões do planeta, a perda do gelo marinho pode desestabilizar o clima, resultando em eventos climatológicos extremos, principalmente no hemisfério norte.
A redução de emissão de gases do efeito estufa é a principal medida para desacelerar o processo de derretimento do gelo no Ártico. Qualquer diminuição nas emissões pode ajudar a frear o derretimento.