O DER admitiu que voltou a avaliar a viabilidade técnica e econômica da Rodovia Parelheiros-Itanhaém / Rubens Chaves/Folhapress
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O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) admitiu na última quarta-feira (24) que voltou a avaliar a viabilidade técnica e econômica da Rodovia Parelheiros-Itanhaém. Segundo o DER, o estudo de viabilidade está a cargo da Diretoria de Engenharia do órgão, que é vinculado ao Governo do Estado. Na prática, trata-se de uma atualização das informações contidas na análise de plantas feita pelo próprio DER em 2015.
A retomada dos estudos de viabilidade da estrada ligando o extremo sul da Capital às praias do Litoral Sul foi revelada com exclusividade para o Diário do Litoral. A construção da rodovia mobilizou um grande ato político há exatos 50 anos. O evento lotou o antigo Cine Castro, em Itanhaém, e reuniu prefeitos, deputados e secretários de Estado. O “Plenário de Santo Amaro”, como ficou conhecido o ato, também contou com grande adesão de moradores do Litoral Sul e de bairros do extremo sul da Capital.
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Mas, a obra nunca saiu do papel, embora um projeto tenha sido aprovado pela Assembleia Legislativa na década de 1990 e transformado em lei estadual pelo então governador Mário Covas (1930/2001).
A Rodovia Parelheiros-Itanhaém beneficiaria não só os moradores de Itanhaém. A estrada também reduziria pela metade o tempo de viagem de São Paulo a Mongaguá, Peruíbe e Praia Grande nos dias de semana.
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“O acesso entre a Baixada Santista e o Planalto é um dos maiores gargalos da nossa Região Metropolitana”, resume o prefeito de Itanhaém, Tiago Rodrigo Cervantes (Republicanos).
“A implementação de uma terceira via de acesso beneficiaria significativamente Itanhaém e toda a região, melhorando não apenas a logística, mas também a mobilidade, a segurança dos motoristas e reduzindo o tempo de viagem”, completa o prefeito.
“Esse avanço (a rodovia) fortaleceria o turismo e impulsionaria nossa economia”, projeta Cervantes, de olho no eventual surto de desenvolvimento a partir da ligação direta com a região que mais cresce na Capital e que concentra 40% do território de São Paulo.
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A SP-040 (Rodovia Parelheiros-Itanhaém) também reduziria o volume de veículos no Sistema Anchieta-Imigrantes, beneficiando os motoristas que se dirigem a Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Bertioga.
O ‘novo’ estudo de viabilidade técnica e econômica também surge como resposta ao crescimento contínuo da movimentação de cargas no Porto de Santos e à consequente necessidade de rotas alternativas à Via Anchieta.
Como a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes tem um ângulo muito agudo, o tráfego de caminhões é proibido na via, o que sobrecarrega a Anchieta, criando um gargalo logístico que emperra o comércio exterior do Brasil.
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E a rodovia ligando o extremo sul da Capital ao Litoral Sul serviria como rota alternativa aos caminhões que se deslocam do norte do Paraná, da região oeste do Estado de São Paulo e até do Mato Grosso do Sul rumo ao Porto de Santos.
A estrada também aproximaria a Capital dos moradores de Itariri e de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira. Hoje, os motoristas dessas duas cidades têm de se dirigir até Miracatu, onde acessam a Rodovia Régis Bittencout (BR-116) para chegar à Grande São Paulo.
Assim, os moradores Pedro de Toledo e de Itariri são obrigados a rodar até 170 quilômetros para acessar a Capital do Estado, distância que cairia pela metade com a Parelheiros-Itanhaém. A outra alternativa para esses motoristas é o sobrecarregado Sistema Anchieta-Imigrantes.
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Rodovia teria apenas 15 km e ligaria SP às praias em apenas 30 minutos
Depois do “Plenário de Santo Amaro”, no início dos anos 1970, a ideia de construir uma ligação viária entre o Planalto e o Litoral Sul voltou a ser discutida há exatos 30 anos. Naqueles dias, a primeira pista da Imigrantes, inaugurada em 1976 pelo então governador Paulo Egydio Martins (1928/2021), já estava estrangulada.
Àquela altura, os congestionamentos eram frequentes. Os transtornos idem. Turistas esperavam até sete horas para descer a Serra do Mar nos feriados de final de ano. E o Porto de Santos estava travado.
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Ciente da sobrecarga no Sistema Anchieta-Imigrantes, o então deputado Erasmo Dias (1924/2010) apresentou na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) um projeto autorizativo que previa a construção da Rodovia Parelheiros-Itanhaém.
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