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Uma comissão de deputados federais esteve em Santos e Guarujá, ontem, para avaliar os projetos destinados à melhoria do Porto e visitar os principais pontos. Solicitada pelo deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB-SP), a vistoria técnica teve como objetivo aprofundar as discussões e buscar formas de estimular o investimento por parte dos governos estadual e federal.
“Nós temos um grande desafio. Os terminais são modernos, com ampla movimentação de carga. O sistema rodoviário paulista melhorou muito, particularmente, com a conclusão do Rodoanel. Isso trouxe agilidade e eficiência ao porto santista. Mas há uma peça nesse meio que não está resolvida. A questão das conexões locais. A junção das rodovias com os terminais. Isso não está resolvido, ao contrário, está se agravando dada à ampliação da movimentação de carga”, disse Papa.
Nos discursos dos envolvidos, foi consenso a necessidade de pressionar o Governo Federal para liberar recursos para as obras, principalmente, na entrada de Santos e na fase 2 da Avenida Perimetral no lado esquerdo da margem do Porto, em Guarujá.
“Nossa expectativa é que os deputados possam ser portadores dessa sensibilização ao ministro e à presidenta, em Brasília”, falou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que destacou que as obras para a entrada da Cidade somam investimentos de R$ 600 milhões.
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Segundo Barbosa, as intervenções, que devem ter início em 2016, começarão com aporte dos governos municipal e estadual, mas que é preciso o apoio da União. Ele destacou a importância das obras para o País. “No momento que se fala em crise econômica, melhorar o acesso do Porto de Santos, que é responsável por um quarto da balança comercial brasileira, é fundamental para a retomada do crescimento da economia”.
Para a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), a visita técnica possibilitou dar aos deputados um olhar mais apurado para a questão. Ela reforçou a necessidade de concluir as intervenções na fase 2 da Avenida Perimetral.
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“Isso é estratégico e vai reduzir o conflito que ainda existe entre o Porto e a Cidade”, comentou Antonieta, que também falou sobre a possibilidade da construção de um estacionamento para caminhões, a fim de retirar os veículos pesados dos bairros. “Nossa infraestrutura não suporta receber o peso desses veículos. É ideal ter um lugar mais adequado”.
‘Precisamos pressionar o Governo’
O deputado federal Milton Monti (PR-SP), presidente da Subcomissão Permanente de Portos e Vias Navegáveis da Câmara dos Deputados, foi taxativo: é preciso pressionar a União.
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“Precisamos pressionar o Governo para que ele faça sua parte. Estamos no maior porto da América do Sul e o mais importante do Brasil. O Brasil que precisa de emprego, crescer e se desenvolver, não pode se descuidar de instrumento importante de desenvolvimento como o Porto de Santos”.
Monti recordou que o País vive em um momento de contenção de orçamento, mas ressaltou que não se pode apenas cortar gastos. “É preciso que, dentro da contenção, as obras estruturantes não sofram cortes. Se nós queremos que o País retome o crescimento econômico, não se pode apenas cortar despesas. É preciso, seletivamente, apoiar projetos que tenham multiplicadores. Ou seja, projetos que vão gerar desenvolvimento, emprego. Aqui não pode haver cortes”.
Já a deputada federal Clarissa Garotinho (PP-RJ), presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, destacou que é preciso que o Governo Federal assuma suas responsabilidades.
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“A Comissão irá fazer uma atuação conjunta com a União e a Secretaria de Portos para a liberação dos recursos para que o Governo Federal assuma também suas responsabilidades e, desta forma, possamos melhorar os acessos ao Porto de Santos. Isso é o mais importante nesse momento”.
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