Cotidiano

Deputado José Mentor crê no crescimento do PT

Deputado federal falou sobre eleições e Copa do Mundo em entrevista ao Diário do Litoral

Publicado em 04/03/2014 às 01:28

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Em visita à Baixada Santista para avaliar a situação do Partido dos Trabalhadores (PT) e discutir as propostas visando às eleições deste ano, o deputado federal José Mentor (PT) esteve ontem na redação do Diário do Litoral e disse, entre outros assuntos, que o PT precisa ser rediscutido regionalmente, além de iniciar uma ampla busca de alianças para as próximas eleições.

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“Vejo, em Maria Lúcia Prandi (ex-deputada e atual presidente do PT), uma grande inclinação para esse trabalho, que não pode ser apenas dela, mas de todo o partido. Vamos ajudar a encontrar esse rumo, que entre outras coisas discuta o futuro de Santos e da Baixada Santista. A deputada Telma de Souza, quando prefeita, fez um excelente trabalho. É hora de arregaçar as mangas e resgatar essa história”, disse.

Mensalão

Ao ser questionado sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que absorveu os réus do Mensalão de formação de quadrilha, Mentor disse que para o PT não houve virada alguma no caso. “Ao contrário. Agora, a verdade começou a aparecer. Nunca houve compra de votos em prol de Lula e seu governo, nunca houve dinheiro público e ninguém enriqueceu com o que ocorreu”, acredita.

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Eleições pós Copa

O deputado não teme represálias na Copa do Mundo de Futebol e também não acredita que o evento vá atrapalhar as eleições, que acontecem pouco depois. “A campanha efetiva acontece cerca de 60 dias antes do pleito e isso vem ocorrendo nos últimos anos e não somente em função de grandes eventos. A Copa vai interferir na estratégia de campanha dos partidos”, revela, não acreditando que a possível perda da seleção possa causar desgaste ao governo.

Deputado esteve na Redação do Diário do Litoral ontem, segunda-feira de Carnaval (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Estádios

Sobre a discussão em torno do dinheiro gasto com a reforma de estádios em detrimento a outros investimentos, o deputado acredita que, “no devido tempo e com bastante clareza, o Governo (Dilma Rousseff) vai saber explicar tudo o que foi gasto com a Copa, qual a herança que ficará para o País. E mais, quantos empregos foram gerados e todas as obras realizadas no Brasil no meio de uma crise internacional, principalmente na Europa e nos Estados Unidos”, disse.

Militarismo

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Fundador do PT e perseguido na Ditadura Militar, Mentor não acredita que a direita brasileira retome o poder e muito menos nos mesmos moldes de 1964, como vem sendo divulgado nas redes sociais por simpatizantes do regime. “São vozes isoladas. Hoje a situação é completamente diferente. Muitas pessoas que se mostram favoráveis à volta dos militares não viveram aquela época. Não sabem quantos morreram, quantos foram torturados, enfim, que prejuízos a sociedade teve. As pessoas não podiam ter religião, partido, ser sindicalizadas, não tinham liberdade de expressão.

Joaquim Barbosa

Sobre a possível candidatura do ministro Joaquim Barbosa, Mentor disse que ele (Barbosa) tem direito a pleitear a presidência da República, como qualquer outro cidadão. “Ele se licencia do STF, se filia a um partido e participa do pleito. Só acho que vai falar o que quer e ouvir o que não quer. Mas isso é democracia”.

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Dilma Rousseff

Sobre a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mentor não acredita que será fácil como se estima. “O Lula enfrentou primeiro e segundo turno na eleição e na reeleição. Hoje, apesar de acreditar que ela (presidente Dilma) está bem e que tem chances reais de vencer no primeiro turno, não vai ser fácil. O Brasil hoje passa por situação difícil, mas não ao custo do emprego dos trabalhadores”, afirma, alertando que nunca o PT reuniu tantas chances de governar São Paulo, pois terá um leque de alianças inédito.

PSDB

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Sem menosprezar o adversário mais direto, o deputado José Mentor acredita que o PSDB vem se desgastando nos últimos anos. “O governador Geraldo Alckmin hoje tem o menor leque de alianças, terá o menor tempo de televisão e, além disso, há o desgaste com relação à segurança. Os arrastões estão aí para descontentamento da população”.

Emancipação

A retomada da discussão, na Câmara dos Deputados e no Senado, do projeto de emancipação, já vetado pela presidente Dilma Rousseff, tem seu apoio. “Esse projeto avançou e deve ser melhor analisado. A presidente vetou porque o momento não era ideal e o governo precisava dar sinais de austeridade no contexto internacional. “Ela fez o que precisava ser feito e, agora, vamos rever a questão com mais tranquilidade”, avaliou.

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Projetos

Finalizando, Mentor aproveitou a visita para enfatizar três projetos que julga importantes para o Brasil. O primeiro legaliza capitais de brasileiros no exterior visando o retorno de cerca R$ 800 bilhões; o segundo que proíbe a transmissão pela TV de lutas violentas, como MMA que se encontra em análise da Comissão Justiça e Redação, e que para ele ofende os direitos humanos. Já o terceiro visa proteger as mulheres da violência doméstica. “Os agressores condenados utilizariam tornozeleiras que acusam quando eles ultrapassam a distância das mulheres definida pela Justiça”.

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